A Polícia Civil de São Paulo registrou a queda do helicóptero de prefixo PR-HDB, que caiu em uma área de mata em Paraibuna e deixou quatro mortos, como homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
De acordo com o g1, o boletim registrado na delegacia de Paraibuna aponta o piloto do helicóptero, Cassiano Tete Teodoro, como autor e vítima do homicídio culposo.
No momento, segundo a Secretaria da Segurança Pública, as autoridades “aguardam os resultados dos laudos, ainda em elaboração, para esclarecer os fatos". As causas da queda também são investigadas pela da Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Entenda o caso
Destroços do helicóptero que caiu em área de mata em Paraibuna. (Foto: Reprodução/CNN).
Em 31 de dezembro, a aeronave deixou o aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino à lhabela, no litoral norte do estado. No entanto, durante a tarde, o helicóptero, que levava quatro pessoas, perdeu o contato com as torres de comando e ficou desaparecido por 12 dias.
Após mais de 135 horas de buscas de aeronaves da Força Aérea Brasileira, Polícia Militar e Polícia Civil, em uma área total de cinco mil quilômetros quadrados, o helicóptero foi encontrado em um local de mata fechada, juntamente com os corpos de Luciana Rodzewics, de 45 anos; Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana); Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia) e Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (piloto).
Ao g1, os familiares informaram que mãe e filha foram convidadas pelo amigo Raphael para fazer um passeio em Ilhabela, a fim de passar a véspera do Ano Novo.
Investigação
De acordo com o chefe do Comando de Aviação da PM, o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, ainda não é possível afirmar qual seria a causa do acidente. No entanto, Barreto acredita que o tempo tenha influenciado a queda.
“Ele [o piloto Cassiano Tete] pode entrar no mau tempo, perder visibilidade e a consciência situacional e desorientar. É comum para quem entra inadvertidamente na área de nuvem”, declarou o coronel.
Cassiano Tete Teodoro já havia feito um pouso de emergência antes da queda, próximo à represa de Paraibuna, que, segundo uma conversa do piloto com o operador do heliponto, teria sido ocasionado pela dificuldade para voar em meio à quantidade de nuvens.
Foto destaque: destroço do helicóptero que caiu em Paraibuna (SP). (Reprodução/ Força Aérea Brasileira).
