O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alegou, por meio da assinatura de leis, a anexação de quatro territórios ucranianos à Rússia. Os territórios anexados são Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. Porém, líderes de outras nações do mundo não reconhecem tais anexações feitas por Putin, pois, segundo eles, a ação do presidente russo foi realizada a partir da utilização de armas, portanto eles consideram como ilegal a anexação de tais territórios por parte da Rússia.
A medida é um fator fundamental para que Putin consiga cumprir seu objetivo, que é tomar por completo o território ucraniano e anexá-lo à Rússia. O presidente ainda afirma que é desejo dos ucranianos fazer parte do país russo. No entanto, tal afirmação propõe um pretexto falso para que as forças militares russas que estão na Ucrânia tomem controle do país à força.
Apesar de Putin ter reivindicado quatro territórios ucranianos, a Rússia não tem o controle total das regiões que ela alega ter anexado. No sul e no leste da Ucrânia, militares ucranianos estão reconquistando territórios que haviam sido dominados pelos russos há pouco tempo. Kherson, uma das áreas que a Rússia diz ter anexado a seu território, está sendo reconquistada pela força militar ucraniana de modo acelerado.
Território anexado pela Rússia (Foto: Reprodução/AFP)
Além disso, parece que o Kremlin não está claro a respeito das fronteiras dos territórios que estão anexando. Segundo o porta-voz Dmitry Peskov, o país continuará a consultar a população das regiões anexadas para poder delimitar as fronteiras. Uma autoridade regional da Ucrânia da região de Zaporizhzhia, onde fica localizada a maior usina de energia nuclear da Europa, disse em uma entrevista que a Rússia estava tentando delimitar uma “fronteira estatal” no posto de controle de Vasylivka, separando os territórios controlados pelos russos do território ucraniano, incluindo a capital regional de Zaporizhzhia.
Com isso, algumas autoridades do Ocidente disseram que, com as fronteiras dos territórios marcadas, Putin tentará fazer com que qualquer contraofensiva ucraniana a qualquer um dos territórios anexados seja considerada um ataque à soberania russa.
Foto destaque: Vladimir Putin. Reprodução/Alexandr Demyanchuk/Sputinik/AFP
