Notícias

Protestos intensos em Cuba exigem mudança em meio à repressão e à crise profunda

Regime tenta conter a insatisfação através do envio de alimentos e diálogo; crise econômica e a falta de liberdade persistem

20 Mar 2024 - 22h00 | Atualizado em 20 Mar 2024 - 22h00
Protestos intensos em Cuba exigem mudança em meio à repressão e à crise profunda Lorena Bueri

No último domingo, Cuba presenciou o maior manifesto popular desde 2021. Centenas de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades para protestar contra a dura realidade do país: apagões diários, escassez de alimentos, água potável e, acima de tudo, a falta de liberdade. 

Diante da crescente insatisfação popular, o regime cubano reagiu rapidamente. No dia seguinte aos protestos, caminhões com alimentos foram enviados a Santiago de Cuba, o epicentro das manifestações. O presidente Miguel Díaz-Canel diz estar pronto para atender "às reclamações do povo, ouvir, dialogar e explicar os esforços realizados para melhorar a situação". Vídeos e relatos circulando nas redes sociais expressa a dimensão dos protestos.


 

Internauta compartilha momento da manifestação em Santiago, Cuba (Vídeo: reprodução/Instagram/@profgeoonline)


Descontentamento e desafios em Cuba

O recente aumento de mais de 500% no preço do combustível no país intensifica o descontentamento da população, que já enfrenta uma inflação desenfreada e uma crise econômica que desvaloriza o salário dos cubanos.  

Cerca de 70% dos aposentados vivem com pensões equivalentes a US$ 5 mensais (R$ 25), o salário médio em Cuba é de cerca de US$ 30 mensais (R$ 150), insuficiente para atender às necessidades básicas. Já os apagões afetam mais da metade da ilha e duram até 12 horas por dia. 

Diante da situação precária, afetando a qualidade de vida da população, protestos eclodiram em diversas partes do país. Em Havana, capital do país, milhares de pessoas tomaram as ruas exigindo melhores condições de vida, liberdade de expressão e o fim do regime comunista.

Entenda a demissão do ex-ministro da Economia

Em meio à crise econômica e aos protestos, o ex-ministro da Economia, Alejandro Gil Fernández, foi demitido pelo presidente Miguel Díaz-Canel, no mês passado. A demissão foi vista como uma forma de tirar o foco das reformas que o ministro tentava implementar, como o aumento dos preços para tentar resolver o problema do déficit fiscal. No entanto, o governo afirma que a demissão foi devido "graves erros" do ministro e uma investigação sobre corrupção foi aberta, mas não deu detalhes sobre o que Alejandro Gil teria feito ilegalmente. 

A comunidade internacional segue acompanhando com atenção aos desdobramentos da situação em Cuba e espera que o governo encontre soluções que atendam às necessidades da população.

Foto destaque: pessoas caminhando na capital do país, Havana (Reprodução/Getty Images Embed)

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo