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Protestos de motoristas de app marcam a segunda-feira em diversas cidades

Isenção de impostos, melhor remuneração e maior segurança para a categoria são algumas das pautas da reivindicação dos motoristas. Segundo as plataformas, algumas soluções já estão sendo adotadas para melhorias no trabalho dos condutores.

15 Mai 2023 - 17h30 | Atualizado em 15 Mai 2023 - 17h30
Protestos de motoristas de app marcam a segunda-feira em diversas cidades  Lorena Bueri

Nesta segunda-feira (15), os motoristas de aplicativos iniciaram um protesto pela melhoria das comissões das corridas em diversas cidades do país. As ações foram registradas em ao menos sete estados até às 12h de hoje.

Outras reivindicações também estão sendo cobradas, como isenções fiscais e maior segurança para a classe.

O presidente do Sindmobi - sindicato que representa a classe no Rio de Janeiro – Luiz Carlos Correia de Albuquerque, disse que em muitas corridas os motoristas não ganham nem a metade do valor pago pelo passageiro. “As empresas reduziram as tarifas em até 60%. Não aguentamos mais", disse Albuquerque.


(Aplicativo 99 e Uber. Reprodução/Pronatec/jeanedeoliveirafotografia)


A Uber disse, em nota, que a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pelas viagens deixou de ser uma porcentagem fixa em 2018 e afirmou que o motorista “sempre fica com a maior parte do que o usuário paga, por qualquer viagem”.

A nota da companhia dizia que: "Nesta semana, a Uber anunciou que vai aumentar mais um nível na transparência e passar a exibir, em todos os recibos de viagens feitas pelo motorista, qual foi a taxa média considerando todas as viagens feitas nas quatro semanas anteriores".

A plataforma 99, por outro lado, informa que tem adotado soluções permanentes para aumentar a receita obtida com o aplicativo, como a Tarifa Garantida, que "garante aos motoristas uma tarifa máxima semanal de até 19,99%" e o Adicional de Combustível Variável.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os motoristas foram do Aeroporto Santos Dumont até o escritório da Uber, na Avenida Presidente Vargas, em carreata.

Entre as exigências estão um preço mínimo de R$ 10 por viagem e um preço mínimo de R$ 2 por cada quilômetro rodado.

O motorista parceiro Abel de Oliveira Moreira, se queixou de que o valor pago a categoria não são reajustados. “Tudo aumenta, até a vida do motorista, e a Uber continua abaixando. A gente quer só o que é justo.” Outro condutor cadastrado no aplicativo, Denis Moura defende “uma tarifa mais justa”.

Ele relatou que: “A gente não aguenta mais essa condição oprimida de ter uma tarifa mínima que custa o valor de um litro de gasolina. O motorista de aplicativo passa muita dificuldade financeira. Desde que entraram no Brasil, essas empresas nunca deram reajuste para o motorista. Só aumentaram para o passageiro”.

Campinas

Em Campinas (SP), os condutores se reuniram e protestaram na Avenida Orosimbo Maia, no centro da cidade, nesta segunda-feira (15).

A tarifa mínima de R$ 10 e a redução do desconto feito pela plataforma sobre os preços recebidos na corrida, que chegam até 40%, é uma das reivindicações dos motoristas.

Outras cidades brasileiras também tiveram registros de manifestações, como:

-Piauí

-Ceará

-Paraná

-Santa Catarina

-Tocantins

Foto destaque: Carro com adesivo de protesto. Reprodução/Guilherme Almeida/CP via Rádio Guaíba.

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