Segundo Vinicius Rodrigues Vieira, professor do curso de Relações Internacionais da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), depois da morte da Rainha Elizabeth II na quinta-feira (8), o Rei Charles III irá enfrentar muitos desafios em seu reinado, o principal deles, seria a falta de popularidade no país. O novo rei de 73 anos, o mais velho a assumir, tem uma missão difícil pela frente, muito por ser uma figura controversa desde sua infidelidade quando esteve casado com a princesa Diana, em até polemicas políticas que se envolveu recentemente e sua indiferença diante a sociedade britânica gera uma insatisfação do público ao ver ele no poder agora.
Novo Rei Britanico, Rei Charles III e rainha, Camilla Parker, sentados pela primeira vez no trono. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Em entrevista à CNN na segunda-feira (12), o professor analisou os passos seguintes da monarquia após o falecimento da Rainha Elizabeth II, que esteve no poder por 70 anos. A análise do especialista diz que Charles III irá precisar aumentar seu carisma para se aproximar mais do povo inglês. “Charles III tem duas sombras a sua volta: William, seu filho, com 66% de popularidade, e Elizabeth II, que veio a falecer com 75% de popularidade.”, afirmou o professor, deixando claro em como o novo rei é impopular e isso pode afetar o seu progresso na monarquia.
O estudo continua quando foi perguntado sobre o que essa falta de popularidade atinge a crise econômica “Esse problema de popularidade pode se agravar em um contexto de grave crise econômica. Os céticos da monarquia podem se aproveitar desse momento para fazer avançar a pauta republicana.”, destaca. Além disso, o professor estende sua explicação e análise para a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, que ao fazer críticas a monarquia de Elizabeth II e utilizar de um ceticismo do seu próprio partido, ela precisa começar a ter discursos que sensibilize a população, para que não perca popularidade.
Foto Destaque: Novo rei do Reino Unido, Charles III. Reprodução/AFP