Neste domingo (19), a justiça da Coreia do Sul decidiu prorrogar a prisão do então presidente afastado Yoon Suk Yeol por até 20 dias. Com essa decisão, centenas de apoiadores do líder conservador invadiram o tribunal responsável pelo Seul, eles quebraram janelas, equipamentos e móveis. Foram detidos pela polícia 46 manifestantes e serão punidos todos os envolvidos. Ficaram feridas 40 pessoas durante o ataque.
Protestos e confrontos
Após ser anunciado que a prisão de Yoon seria prorrogada, seus apoiadores cercaram o tribunal e entraram em confronto com a polícia que estava fazendo a segurança do local. As imagens capturadas mostram manifestantes fazendo usa d extintores de incêndio contra as barreiras policias antes mesmo de invadirem o prédio.
Os manifestantes causaram um caos destruindo equipamentos de escritório e móveis. A polícia metropolitana de Seul informou que continuará investigando quem foram os responsáveis pelos atos de violência.
Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, é preso por tentativa de golpe após decretar lei marcial (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)
Prisão prorrogada
Yoon foi preso na semana passada, tornando-se o primeiro presidente em exercício da Coreia do Sul a passar por essa situação. Após decretar uma lei marcial em dezembro, foi acusado de insurreição.
Os investigadores solicitaram a prorrogação da prisão, pois argumentaram haver risco de destruição de provas. No último sábado (18), após cinco horas de audiência, o Tribunal Distrintal Oeste de Seul atendeu o pedido e estendeu a detenção por mais 20 dias.
Repercussões políticas
Essa decisão de manter Yoon preso moveu debates políticos no país. O conservador Partido do Poder Popular, que o presidente faz parte, fez críticas a medida.
Já o partido democrático defendeu a prorrogação da prisão.
Contexto da lei marcial
Após Yoon decretar a lei marcial alegando a necessidade de uma suposta ameaça comunista, começou uma crise. Essa medida logo foi rejeitada pela Assembleia Nacional, que é controlada pela oposição.
Yoon começou a enfrentar várias derrotas política, até mesmo o afastamento do cargo por meio de votação no legislativo. O país atualmente, está sendo governado por uma presidente interino.
Foto Destaque: Bandeira da Coreia do Sul (Reprodução/Blog Assistente de Viagem)