O navio mais importante da frota russa no Mar Negro, o cruzador antimísseis Moskvá, afundou nesta quinta-feira (14), após sofrer um incêndio no dia anterior, divulgou o Ministério da Defesa da Rússia.
De acordo com informações da agência de notícias estatal russa TASS, a Rússia afirma que o incêndio se iniciou no cruzador de mísseis guiados, gerando a explosão das munições a bordo, o que comprometeu com sérios danos a estrutura do grande navio de guerra, que normalmente teria cerca de 500 marinheiros a bordo, e obrigou a evacuação da tripulação.
Segundo as informações russas, o fogo havia sido contido e o navio estava sendo rebocado para o porto com seus lançadores de mísseis guiados intactos, quando “mares tempestuosos” o fizeram afundar.
Embarcação antimísseis Moskvá, da frota russa no Mar Negro, em foto de 16 de novembro de 2021 (Foto: Reprodução/Alexey Pavlishak/Reuters)
“Durante o reboque do cruzador Moskva para o porto de destino, o navio perdeu sua estabilidade devido a danos no casco recebidos durante um incêndio pela detonação de munição”, diz a nota divulgada do Ministério da Defesa da Rússia.
Em contrapartida, o governo da Ucrânia afirma ser o responsável pelo naufrágio, que, segundo as Forças Armadas ucranianas, foi causado por um ataque de míssel antinavio, no qual alegam ter utilizado um míssil chamado Neptune fabricado na Ucrânia. Mas, não foi apresentada nenhuma evidência que comprove as alegações.
A Rússia, por sua vez, não fez nenhuma menção a bombardeios em suas declarações.
O navio conhecido como “assassino de porta-aviões” era o orgulho da frota marinha russa. A embarcação carregava 16 mísseis anti-navio do sistema P-1000 Vulkan, com alcance de pelo menos 700 quilômetros. Ele também levava sistemas de defesa aérea de longo alcance do Forte S-300, capazes de proteger um esquadrão inteiro de navios de ataques aéreos inimigos.
Foto Destaque: Detalhes do Moskva, o navio de guerra russo conhecido como "assassino de porta-aviões". Reprodução/Reuters
