O presidente Jair Bolsonaro (PL), nas últimas semanas, fez críticas aos banqueiros do Brasil ao afirmar que os bancos perdiam dinheiro através do Pix, lançado pelo Banco Central (BC) durante o seu mandato e assinaram o manifesto em defesa da democracia, através da Federação Brasileira dos Bancos (Febran). O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (11) que não é verdadeira a informação passada pelo então presidente relacionada ao pix.
Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos)
No dia 9 de agosto começou a Febraban Tech, evento promovido pela Febraban em São Paulo que contou com a presença do presidente do BC, que em determinado momento falou sobre a recente polêmica. Segundo Campos, as vantagens do pix está na abertura de novas contas e no aumento das transações eletrônicas.
“Na nossa visão, nunca é sobre quem tá perdendo e quem tá ganhando, o objetivo é que os bancos sejam um pedaço de uma torta muito maior, o objetivo é a bancarização", afirmou Roberto Campos Neves.
O presidente do Banco Central no evento realizado pela Febraban, contou sobre os planos a se realizar, existe um processo de torna o pix internacional, já que o mesmo avança pela América Latina de forma rápida. Ele ainda revelou que esteve em contato com o presidente do BC colombiano, ao qual revelou o interesse em ter um sistema parecido com o pix. Durante o evento, Roberto Campos ressaltou a necessidade de manter a transparência nos produtos ofertados aos clientes.
Leitura da Carta pela democracia (foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Após as críticas de Bolsonaro direcionadas as instituições financeiras, o presidente compareceu a um almoço na Febraban e disse que os banqueiros não deveriam ter assinado a carta pela democracia. A carta que Bolsonaro vem criticando foi lida nessa quinta-feira (11) e já foi assinada por, pelo menos, 107 entidades, sendo uma delas a Febraban, bancos como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil não assinaram. A carta pela democracia conta com mais de 900 mil assinaturas que pedem respeito ao processo eleitoral e pelo estado democrático.
Eduardo Campos Neves (imagem capa: Agência Brasil)