O bilionário Elon Musk opinou nesta segunda-feira (3), sobre medidas que poderiam ser tomadas em um plano de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia. A enquete feita pelo empreendedor teve respostas de líderes mundiais e foi criticada por Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.
Na postagem, apresentou um conjunto de ideias, como a de refazer eleições de regiões anexas sob supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU), ter a Crimeia, região que a Rússia invadiu, formalmente como parte da Rússia, assegurar o abastecimento de água à Crimeia e a neutralidade da Ucrânia. “A Rússia sai se essa for a vontade do povo”, escreveu Musk.
“Começou na Crimeia e terminará na Crimeia, e este será um renascimento efetivo da ordem jurídica internacional”, disse Zelensky na cúpula da Plataforma da Crimeia em agosto. O Presidente tem afirmado continuamente que não cederá nenhum território à Rússia.
Postagem de Musk opinando sobre um plano de paz.(Foto Reprodução/twitter)
A pesquisa, com mais de dois milhões de votos, teve 40,9% de resultado positivo e 59,1% negativo. "Também vale a pena notar que um resultado possível, embora improvável, deste conflito é a guerra nuclear", comentou o bilionário na mesma trend do Twitter. O assunto está ligado à assinatura de Putin para a anexação de quatro regiões do território ucraniano à Rússia, um movimento que intensifica a guerra.
Uma agência de notícias ucraniana, Kyiv Post, também respondeu a pesquisa de Musk: "Elon, você é um cara legal e obrigado pelo Starlink, mas seria maravilhoso se você votasse em coisas que você conhece. Não realizamos votações sobre o apartheid e Nelson Mandela”, escreveram. Entretanto, as autoridades russas apoiaram a publicação do milionário, que recebeu "parabéns" de Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
Musk continuou a tuitar sobre o assunto e postou uma nova enquete: "Vamos tentar isso então: a vontade das pessoas que vivem no Donbas e na Crimeia deve decidir se fazem parte da Rússia ou da Ucrânia".
Para o empresário, a melhor solução seria a votação com supervisão da ONU ou a escolha própria do país que parecesse mais confiável.
Foto Destaque: Elon Musk. Reprodução: Mike Blake/Reuters.