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Presidente argentino proíbe linguagem inclusiva em administração pública

Decisão do presidente Javier Milei pretende abolir perspectiva de gênero neutro em órgãos públicos, medida abarca todo o governo nacional e forças armadas

27 Fev 2024 - 20h42 | Atualizado em 27 Fev 2024 - 20h42
Presidente argentino proíbe linguagem inclusiva em administração pública Lorena Bueri

O governo do presidente argentino, Javier Milei, estendeu a proibição do uso de linguagem inclusiva para toda a administração nacional do país, conforme anunciado pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, nesta terça-feira (27). Anteriormente, a proibição já estava em vigor nas Forças Armadas e em todos os órgãos do Ministério da Defesa, conforme estabelecido por uma resolução publicada na página oficial da Presidência na última sexta-feira (23).

Diretrizes proíbem uso de termos inclusivos

Segundo Adorni, em uma entrevista coletiva, o governo dará início aos procedimentos para eliminar a linguagem inclusiva e a perspectiva de gênero em toda a administração pública nacional. Ele afirmou ainda que a língua espanhola é a que engloba todos os setores e que o assunto faz parte de um debate que o governo optou por não participar, considerando que as perspectivas de gênero também têm sido politizadas.

De acordo com as novas diretrizes, está proibido o uso de letras como "e", o símbolo arroba, o "x" para citar gêneros ou evitar inclusões desnecessárias do feminino em todos os documentos da administração pública. Nas Forças Armadas, termos como "sargenta" para mulheres ou "soldadxs" para identidades não-binárias também não serão permitidos. A resolução foi assinada na última sexta-feira (23) pelo ministro da Defesa, Luis Petri.

Milei, que se autodenomina um "libertário anarcocapitalista", sempre foi contrário à linguagem inclusiva e àquilo que ele descreve como "ideologia de gênero". Ele argumenta que isso faz parte da "doutrinação" do "marxismo cultural", uma teoria conspiratória que sugere a existência de um movimento para reverter a ordem social no Ocidente.


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Javier Milei (Foto: reprodução/MDZ)


Linguagem neutra em debate

A linguagem neutra, que busca incluir membros da comunidade LGBTQIA+, como pessoas trans, não-binárias ou intersexo, tem sido objeto de debate em vários países, incluindo o Brasil e a França. Enquanto alguns defendem sua adoção como uma forma de inclusão e representação, outros a contestam, argumentando que não é parte da norma culta da língua e pode gerar confusão ou distorção de significados.

Apesar de não ser oficialmente reconhecida pela norma padrão da língua portuguesa, a linguagem neutra é praticada em diferentes contextos, especialmente online e entre comunidades LGBTQIA+. O debate sobre sua legitimidade e adoção futura continua em andamento, dependendo em grande parte da adesão pública e de possíveis mudanças na norma linguística.

Foto destaque: Javier Milei (Reprodução/CEDOC)

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