De acordo com o índice atualizado de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês) os preços globais dos alimentos caíram novamente em julho se distanciando dos recordes alcançados em março, no mês passado o índice foi de aproximadamente 140 pontos contra o de junho, que foi de 154,3 pontos (valor revisado). O índice do FAO segue os commodities alimentares de maior comercialização mundialmente.
Um índice divulgado pela FAO em 3 de junho deste ano, apontou que em maio os alimentos que mais registraram queda foram os laticínios, açúcar e óleos, enquanto as carnes e cereais tiveram aumento, o índice no mês fixou em 157,4% pontos, 0,9% a menos que abril, que foi o mês que a primeira queda do ano foi registrada, o indicador saiu dos 159,7% pontos (em março) para 158, 3 pontos.
A FAO faz parte da ONU e lidera esforços para a erradicação da fome e combate à pobreza. Foto Reprodução: Fao.org.
Em comparação ao índice registrado em julho do ano passado, o deste ano é cerca de 13% superior, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a alta nos preços de custos das produções e transportes, e a incerteza teriam impulsionado o que se vê atualmente.
O economista-chefe da FAO, Maximo Torero, disse que fatores como a instabilidade da moeda, a perspectiva ruim da economia global e o elevado preço dos fertilizantes poderão afetar na produção futura e na subsistência dos produtores, representando pressões preocupantes para a segurança alimentar mundial, “O declínio nos preços das commodities alimentares frente a níveis muito altos é bem-vindo, no entanto, muitas incertezas permanecem” - afirmou o economista.
Os produtos que mais registraram quedas em julho foram os laticínios, óleos vegetais, açúcar, carnes e cereais, o trigo baixou 14,5% parcialmente graças ao acordo feito para desbloqueio das exportações dos grãos pelos portos do Mar Negro. O milho também sofreu declínio, 10,7% em julho, reflexo do acordo Rússia-Ucrânia.
Foto Destaque: Preços dos alimentos atingem nova queda em julho. Reprodução: Tenda.com.