A eleição presidencial caminhou para o segundo turno no país e, como já acontecia antes da primeira etapa eleitoral, diversas informações falsas são compartilhadas sobre o assunto na internet. Desta vez, o candidato Lula foi o alvo das chamadas “fake news”, com uma suposta publicação na rede social Twitter em seu nome com a mensagem de que o candidato ganharia as eleições “com a ajuda do pai Xangô” e, que Lula acabaria com o cristianismo.
A defesa do candidato levou o caso à Justiça Eleitoral e a ministra Maria Claudia Bucchianeri determinou a remoção imediata do conteúdo das redes sociais. De acordo com ela, caso a postagem falsa não seja removida no prazo de 24 horas haverá uma multa de R$ 50 mil e multa de R$ 10 mil caso haja alguma nova postagem com o mesmo conteúdo.
Lula em pronunciamento (Foto: Reprodução/YouTube @Lula)
De acordo com a defesa do candidato petista, Lula nunca fez esse tipo de afirmação e várias agências de checagem de fatos também atestaram que o suposto tweet do ex-presidente é falso, nunca foi feito por ele. Em relação à temática religiosa, o candidato tem afirmado seu apoio às diferentes religiões e suas formas de expressão.
Para a ministra do TSE, “a desinformação se limita à difusão de mentiras propriamente ditas, compreendendo, por igual, o compartilhamento de conteúdos com elementos verdadeiros, porém gravemente descontextualizados, editados ou manipulados, com o especial intento de desvirtuamento da mensagem difundida, com a indução dos seus destinatários a erro”, disse.
Além disso, a ministra Maria Claudia Bucchianeri também reforçou sobre a gravidade da veiculação de conteúdos informativos falsos, com montagem de postagem inverídica por parte do candidato. Segundo ela a Justiça Eleitoral deve reprimir rapidamente a desinformação e a tentativa de desconstrução de figuras políticas através de fatos manipulados ou inverídicos, uma vez que configuram uma falha no livre mercado de circulação de ideias políticas, o que pode induzir os eleitores ao erro, comprometendo a liberdade de formação da escolha.
Foto destaque: Lula em Salvador antes do primeiro turno. Reprodução/Ag. A Tarde/Undel Galter