Centenas de civis estão sendo convocados pelo governo do Catar para trabalharem na segurança da Copa do Mundo de 2022. Os recrutas estão sendo chamados para o serviço militar obrigatório, que opera postos de segurança nos estádios da competição.
Eles estão treinando para controlar a organização da entrada de torcedores nas arenas, por isso seus treinamentos consistem em gerenciar filas de segurança, revistar torcedores e detectar substâncias e itens proibidos nos estádios como armas, álcool ou drogas.
Os civis foram obrigados a se apresentar no início de setembro, no campo de serviço ao norte de Doha, capital do Catar. Uma fonte relatou que eles foram informados que era seu “dever patriótico” ajudar na Copa do Mundo. “A maioria das pessoas está lá porque precisa estar, elas não querem ter problemas”, disse a fonte.
Um funcionário do governo do Catar disse em um comunicado que o programa de serviço nacional do país irá continuar normalmente durante a Copa do Mundo. “Os recrutas fornecerão suporte adicional durante o torneio como parte do programa regular, assim como fazem todos os anos em grandes eventos públicos, como as comemorações do Dia Nacional”, disse o funcionário em comunicado.
O Estádio Lusail, que será opalco da final da copa, também terá a presença de civis do Catar para cuidar da sua segurança (Foto: Reprodução/O Tempo)
No Catar, homens entre 18 e 35 anos treinam com os militares por pelo menos quatro meses como parte do serviço nacional obrigatório. Esse serviço será aplicado na Copa do Mundo, e caso algum cidadão não se comprometer a comparecer no auxílio da segurança dos estádios do evento, este cidadão poderá receber uma pena de um ano de prisão e uma multa no valor de 50 mil riais do Catar (cerca de R$ 74 mil).
Apesar da ajuda dos civis, o grande número de turista obrigou o Catar a fazer acordos com outros países para sua segurança. Com uma população de 2,8 milhões de pessoas, das quais só 380 mil são nativas do Catar, o país espera um aumento significativo no fluxo de indivíduos em seu território, espera-se que 1,2 milhão de torcedores visitem o país durante o evento. E com essa expectativa, o país sede já possui um acordo com a Turquia, que vai enviar 3 mil policiais de choque para auxiliar na segurança do evento.
Foto destaque: Funcionários da copa (Reprodução/Karim Jaafar/AFP)