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Polícia dos EUA prende universitários em protestos pró-Palestina

As prisões em massa aconteceram em várias faculdades americanas, incluindo a Universidade de Columbia, o City College, em Nova York e a UCLA, em Los Angeles

10 Mai 2024 - 13h40 | Atualizado em 10 Mai 2024 - 13h40
Polícia dos EUA prende universitários em protestos pró-Palestina Lorena Bueri

Desde o final de abril, diversos protestos vêm acontecendo em universidades americanas em prol da paz e pelo fim da guerra em Gaza. Os estudantes ocuparam as universidades e exigem que os campi encerrem seus laços financeiros com Israel. 

Os manifestantes alegam que as relações entre as instituições dos EUA e instituições israelenses ajudam na propagação da guerra e fazem com que as universidades americanas sejam cúmplices nos ataques que acontecem no território de Gaza. 

Um estudante da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, fez uma declaração à BBC News Mundo. "O que pedimos é que a universidade pare de investir fundos naqueles que lucram com o genocídio em Gaza. E não vamos sair até conseguirmos", disse. Por meio dos protestos, os estudantes pedem a liberdade do povo pelestino. 

Prisões em massa 


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Confronto policial com manifestantes Pró-Palestina (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)


A polícia dos EUA foi até os campi que estavam ocupados pelos estudantes e realizou prisões em massa. No City College, em Nova York, os agentes arremessaram granadas de luz contra os ativistas. Já na Universidade de Columbia, cerca de 300 pessoas foram presas. Alguns dias depois, na UCLA foram presos mais de 200 estudantes. 

Além desses locais, universidades na Geórgia, New Hampshire, Texas e Connecticut também sofreram com a intervenção. Em entrevista à Reuters, especialistas indicam que ainda é cedo para dizer se a ação policial agiu precipitadamente, já que para chegar a essa conclusão é necessário um estudo mais aprofundado. Entretanto, eles apontam que a polícia ainda tende a agir de forma ultrapassada e contraproducente em manifestações. 

As acusações aos presos são de invasão de propriedade, agressão, furto ou roubo. Os criminologistas afirmam que muitas prisões dos estudantes são arquivadas, isso porque os policiais fazem acusações generalizadas, sem especificações, a um grande número de pessoas, o que também é contraproducente, pois gera uma repulsa desses estudantes à polícia. 

O que diz a polícia de Nova York 

Em uma coletiva de imprensa, Edward Caban, comissário da polícia de Nova York, declarou que “a situação em seus campi havia se deteriorado a ponto de colocar em risco a segurança de seus alunos, professores, funcionários e do público”, e por isso houve necessidade de ação policial.

Foto Destaque: Manifestantes em universidade de Washington em abril 2024 (Reprodução/Kent Nishimura/Getty Images Embed)

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