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Polícia Federal investiga venda de joias por Bolsonaro nos EUA

Viagem marcada para este mês incluirá entrevistas e depoimentos com envolvidos no caso

16 Abr 2024 - 11h00 | Atualizado em 16 Abr 2024 - 11h00
Polícia Federal investiga venda de joias por Bolsonaro nos EUA Lorena Bueri

A Polícia Federal brasileira está programando uma visita aos Estados Unidos para intensificar as investigações relacionadas à venda de joias do acervo da Presidência da República pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A viagem, marcada para 25 de abril, incluirá diligências em cidades americanas como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova York (NY). Durante essa operação, os agentes federais entrevistarão comerciantes e outras partes envolvidas no caso, contando com o apoio da agência americana para conduzir as ações.

Cooperação Internacional

O FBI iniciou a troca de informações ao enviar movimentações bancárias e documentos relacionados aos envolvidos na acusação. Em solo americano, os agentes da Polícia Federal brasileira serão acompanhados por policiais locais e agentes do FBI, utilizando a estrutura da própria agência para conduzir as investigações. No centro das investigações estão o Tenente-Coronel Mauro Cid e seu pai, General-Exército Mauro Lourena Cid, acusados de negociar e vender itens sauditas, além do Advogado Frederick Wassef, que readquiriu um dos itens mencionados na investigação supostamente a pedido do Ex-presidente. Além de Bolsonaro, Michelle (ex-primeira dama) e outros foram chamados para prestar esclarecimentos sobre os fatos. As investigações estão sob a responsabilidade do ministro do STF Alexandre de Moraes.


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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aperta a mão do príncipe herdeiro Saudita/Reprodução: (Foto JACQUES WITT/AFP via Getty Images Embed)


Posição da defesa do ex-presidente

A investigação teve início após a descoberta de que as joias presenteadas a Bolsonaro foram negociadas nos EUA a partir de junho de 2022. Enquanto isso, os advogados de Bolsonaro questionam a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir o caso, alegando violações dos direitos fundamentais na condução da investigação. Bolsonaro e Michelle foram intimados a depor em agosto de 2023, porém o casal foi orientado pela defesa a ficar em silêncio.

A investigação faz parte do inquérito das milícias digitais, iniciado e conduzido pelo Ministro Alexandre de Moraes. No mesmo inquérito, Bolsonaro é investigado por fraude no cartão de vacinação, suposta tentativa de golpe de estado e outros crimes.

Foto destaque: O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, faz uma declaração  (Reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images Embed) 

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