Renato Cariani, influenciador fitness brasileiro foi indicado pela Polícia Federal por associação ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado. Na tarde desta segunda-feira (18), o influencer esteve na sede da instituição em São Paulo para prestar depoimento sobre as acusações sofridas. Os crimes preveem penas que podem ultrapassar 26 anos de prisão.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) fez um pedido de prisão e apreensão dos bens do empresário e dos outros envolvidos no dia seguinte da operação, mas a justiça negou o requerimento. Segundo a instituição, um segundo pedido pode ser solicitado nos próximos dias, já que nenhuma documentação formal foi recebida do indiciamento.
O crime
A investigação da operação Hinsberg mostrou que a empresa de Cariani vendeu insumos que podem ser utilizados pelo tráfico de drogas, para produção de cocaína e crack. De acordo com a PF, a quantidade de substâncias químicas vendidas equivale a mais de 15 toneladas de da droga. Um grupo criminoso foi detectado pela utilização de pessoas para a realização de depósitos de dinheiro em espécie, simulando que os pagamentos seriam feitos para empresas farmacêuticas.
Documentos mostram que as vendas da Anidrol desviadas para o tráfico eram simuladas com a emissão de notas fiscais para empresas que utilizavam os produtos. Um dos compradores dos produtos da Anidrol é Spínola, que já havia tido passagem pela PF e tinha ligação com o tráfico de drogas. Segundo informações da PF, ele teria forjado um e-mail com o nome da vacina da Covid-19, AstraZeneca e se passou por um funcionário da empresa para realizar pagamentos a firma de Cariani.
Os policiais também descobriram fraudes na foram em os produtos eram retirados da Anidrol. Anotações apontaram que os suspeitos retiraram 1 tonelada de insumos em uma única viagem de moto.
A operação
Polícia Federal investiga casa e empresa de Renato Cariani nesta terça-feira (Foto: reprodução/Uol Notícias)
Na manhã desta última terça-feira (19), a PF fez uma busca e apreensão na casa de Renato Cariani e na empresa na qual ele é sócio. As investigações começaram em 2019, após uma denúncia de uma farmacêutica multinacional. A companhia informou a Polícia Federal que havia sido notificada pela Receita Federal que tinha notas fiscais faturadas no nome da empresa com pagamento em dinheiro não declarado.
Foto Destaque: Renato Cariani é indiciado por tráfico de drogas pela PF (Reprodução/Metrópole)