A investigação que revelou o plano de sequestro a Sérgio Moro (União Brasil) indica que o PCC – facção que age dentro e fora do Brasil, planejava um ataque até abril deste ano, não somente ao parlamentar, mas também a sua mulher e filhos.
Sérgio Moro (Foto: Reprodução/JOTA)
A intenção dos criminosos também era promover, se possível simultaneamente, atentados contra a vida de alvos em outras partes do país, como agentes penitenciários federais e estaduais. A lista inclui um coronel da PM de Campo Grande (ex-SSP) e o promotor paulista Lincoln Gakiya.
De acordo com os investigadores, os atentados e sequestro da família de Moro teriam um de dois objetivos: forçar a remoção de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC, do presídio federal de Brasília, devolvendo-o para o estado de São Paulo e afrouxar regras de isolamento de Marcola na penitenciária de segurança máxima, permitindo visitas íntimas.
As gravações da PF e do Ministério Público de SP comprovam que os criminosos monitoraram a vida de Sérgio Moro, fazendo um levantamento minucioso da rotina de seus filhos, em academia, trabalho, casa de amigos, etc.
Há filmagens dos criminosos no suposto local que seria o cativeiro do sequestro.
Os responsáveis pelo levantamento de informações e vigilância são os mesmos que foram presos na última quarta-feira (22) em Campinas, no interior paulista. O PCC possui uma célula muito forte do tráfico de drogas e assaltos.
O plano de ação dos criminosos estava prestes a ser deflagrado, faltando apenas alguns detalhes finais. Não passaria do mês de abril.
Mais integrantes da facção ainda serão presos. Uma segunda fase da operação vai acontecer depois da identificação de colaboradores da quadrilha que não puderam ser reconhecidos em tempo para a ação da quarta. E porque as apreensões mostram que há mais pessoas envolvidas com o crime organizado.
Foto destaque: Sérgio Moroo. Reprodução/ Senado Federal