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Planeta Terra teve, em 2023, o agosto mais quente já registrado na história, diz agência dos EUA

Apesar da mudança de estação, as altas temperaturas continuam a predominar no Brasil, sem oferecer alívio significativo para a população que sofre com o calor.

22 Set 2023 - 15h29 | Atualizado em 22 Set 2023 - 15h29
Planeta Terra teve, em 2023, o agosto mais quente já registrado na história, diz agência dos EUA Lorena Bueri

Diversas regiões do mundo registraram elevadas temperaturas neste mês de agosto, estabelecendo um recorde histórico de calor intenso, conforme informações da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Os dados indicam uma probabilidade de 95% de que 2023 seja classificado como um dos anos mais quentes já registrados na Terra.

A média global de temperatura em agosto superou em 1,25°C a média do século 20, sendo 0,29°C mais alta do que a registrada em 2016.


O inverno brasileiro, que teve início em 21 de junho, está prestes a dar lugar à primavera no dia 23 de setembro, às 3h50 (Foto: reprodução/Pixabay/Paulo Duarte)


Os continentes da África, Ásia, América do Norte e América do Sul experimentaram o agosto mais quente, enquanto a Europa e a Oceania observaram o segundo agosto mais quente. Além do mais, o mês de agosto de 2023 se destacou como o mês mais quente na região do Ártico.

Recordes de temperatura

A cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick, ressaltou que esses recordes de temperatura estão diretamente relacionados às emissões de gases de efeito estufa.

Essa constatação é corroborada pelo fato de que, pelo quinto mês consecutivo, a temperatura global da superfície do mar atingiu níveis recordes para o mês, resultando em uma anomalia mensal recorde da temperatura da superfície do mar de +1,85°F ou +1,03°C, a mais alta em 174 anos de existência da NOAA.

Outro aspecto preocupante é o comportamento da Antártica, que registrou o quarto mês consecutivo com a menor extensão ou cobertura de gelo marinho já registrada. Esse fenômeno evidencia os impactos das mudanças climáticas nas regiões polares.

Observatório Europeu

De acordo com o Observatório Europeu Copernicus, as temperaturas médias globais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho, julho e agosto) alcançaram os valores mais elevados já registrados, com uma média global de 16,77°C.

Tal marca ficou 0,66°C acima da média no período de 1991-2020, que já havia testemunhado um aumento das temperaturas médias devido às mudanças climáticas impulsionadas pela atividade humana.

Também é importante destacar que esse valor supera o recorde anterior estabelecido em 2019 por quase dois décimos de grau.

Situação climática no Brasil

Na situação climática do Brasil, o inverno, que teve início em 21 de junho, cederá espaço à primavera na madrugada de sábado (23), às 3h50, no horário de Brasília, mas as altas temperaturas persistem e não deram trégua no país.

O Brasil continua enfrentando uma onda de calor, com previsão de temperaturas recordes em 11 capitais, incluindo Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Palmas e Teresina, conforme alerta da Climatempo.

 

Foto Destaque: Essa persistência do calor reflete as condições climáticas em curso no país, que desafiam as expectativas tradicionais de transição entre as estações. Reprodução/Pixabay/Gerd Altmann.

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