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Piloto brasileira morre em combate a incêndio florestal nos EUA

Juliana Turchetti estaria em segundo de três aviações no circuito para realizar a manobra scooping quando a aeronave despedaçou e afundou na água

11 Jul 2024 - 19h30 | Atualizado em 11 Jul 2024 - 19h30
Piloto brasileira morre em combate a incêndio florestal nos EUA Lorena Bueri

O sindicato Nacional de Aviação Agrícola (Sindag) publicou uma nota de pesar à piloto brasileira, Juliana Turchetii, 45 anos, que faleceu nesta quarta-feira (10), em um acidente durante o combate às chamas nos Estados Unidos. Juliana integrava uma equipe que realizava operação ao combate de chamas na Floresta Nacional de Helena, no condado de Lewis e Clark, no estado de Montana. Ela é a primeira brasileira a pilotar turboélice nos Estados Unidos e a voar Fire Boss, um modelo de avião agrícola usado em combate a queimadas.

A amiga de Juliana, Joelize Friedrichs, gaúcha e também piloto agrícola (no Brasil), presta homenagem à vítima dizendo que ela era um exemplo e inspiração para muitas mulheres que atuam no setor e que a estava construindo uma carreira nos Estados Unidos.

Em nota, a presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos diz que a partida de Juliana é uma perda irreparável para aviação agrícola. E continua “Estamos muito tristes e abalados com a notícia. Juliana representava não somente a determinação e a coragem dos pilotos brasileiros, mas era também um exemplo de profissionalismo, pela linda trajetória. Valorizando o papel das mulheres no setor e sendo fonte de inspiração para muitos”.

O sonho de ser piloto começou ainda na infância

Juliana era de Contagem em Minas Gerais, e tinha uma carreia com mais de 6,5 mil horas de voo. Segundo o Sindag, desde pequena ela queria ser piloto, mas antes de tornar esse sonho em realidade, Juliana começou como comissária de bordo e em 2007 a mineira entrou para aviação. Foi instrutora de voo, copiloto e piloto em aviões Boeing 727 e 737 e em 2013 entrou para a aviação agrícola. Foi morar nos Estados Unidos e se tornou a primeira brasileira a voar em lavouras naquele país. Em 2022, ela montou uma cafeteria em Illinois, onde combinava elementos da aviação como temática com um cardápio de cafés e pão de queijo mineiro.

Mesmo com o sucesso da Aviatori Coffe House, Juliana voltou para a aviação diretamente para o combate de incêndios florestais. Sua primeira operação aconteceu no dia 4 de julho deste ano para combater o fogo em um aeroporto de Washington. Logo após o seu primeiro chamado, a pilota foi convocada para outro incêndio em uma área de 340 hectares, onde ela e o líder repetiram 11 vezes a manobra de scooping.



Juliana Turchetti, brasileira, faleceu em acidente aéreo nesta quarta-feira, dia 10 (Foto: reprodução/Linkedin/@julianaturchetti)


Em uma de suas redes sociais a brasileira conta sobre a experiência: "O maior desafio para mim durante esta missão foi ficar atrás de três aviões e lidar com seus vórtices e esteiras. Além disso, o local da escavação, o Rio Columbia, é cercado por montanhas, então tivemos que subir 2.000 pés para limpar o terreno antes de voltar para o fogo. Nada melhor do que um cenário real para dar sentido a todos os treinamentos que fazemos. E quando o Air Attack diz: “obrigado pelo trabalho que vocês fizeram aqui hoje”, a sensação de dever cumprido é instantânea". E encerrou a postagem com a seguinte mensagem: “Alguns nos chamam de heróis. Bem, esse é um título pesado para carregar. Gosto de dizer que somos pessoas comuns fazendo algo extraordinário”.

Como aconteceu o acidente

Conforme o Sindag, Juliana se acidentou durante a manobra de scooping. Nessa manobra o piloto pousa a aeronave em um lago para abastecer os reservatórios, decolando logo em seguida. Testemunhas mencionadas na imprensa norte-americana contam que três aeronaves do modelo Fire Boss estavam atuando na área e captando água no lago Hauser Lake e no Rio Missouri.

A xerife de Lewis e Clark, comunicou a impressa local que no momento do acidente Juliana estaria em segundo no circuito de toque, corrida e decolagem, mas enquanto realizava o scooping, o avião pareceu ter batido em algo, despencou na água e afundou. As três aeronaves pertencem ao serviço Florestal dos Estados Unidos.

As causas do acidente serão investigadas pelo conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA que poderá dizer se o acidente foi causado por um objeto, banco de areia ou uma onda.

Foto destaque: Juliana Turchetti ao lado do avião Fire Boss (Reprodução/Linkedin/@julianaTurchetti)

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