Pesquisadores alemães descobriram "cidades" na Amazônia que datam da era pré-colonial. A descoberta sem precedentes foi descrita em uma publicação publicada na última quarta-feira (25) na revista Nature.
Os locais foram descritos por cientistas como "assentamentos urbanos de baixa densidade". Ao todo, os pesquisadores encontraram duas grandes 24 colônias menores. Dos 26, 11 ainda não eram conhecidos.
Os lugares pertenciam à cultura Casarabe, que veio para o sudoeste da Amazônia boliviana entre 500 e dC. Antes da descoberta, havia evidências apenas de locais isolados, pois a vegetação densa dificulta o mapeamento das florestas tropicais. Para encontrar as novas colônias , os cientistas usaram a tecnologia chamada "lidar", um mapeamento aéreo a laser que funciona disparando feixes infravermelhos de um avião, helicóptero, drone para a superfície e capturando reflexos.
Imagem feita com a tecnologia lidar de um dos assentamentos grandes encontrados pelos cientistas, o Cotoca. (Foto: Reprodução/G1/H. Prümers / DAI via Nature)
O método permitiu que eles virtualmente "retirem" o denso da região para visualizar a terra e debaixo das árvores.
"Os resultados mostrados, derrubam argumentos de que o oeste era escassamente povoado em tempos pré-hispânicos", afirmam os autores do estudo.
Em um comentário publicado com o estudo, o arqueólogo Christopher T. Fisher, professor de antropologia da Colorado State University disse que os dados "indicam populações densas, paisagens feitas pelo homem, centros com arquitetura monumental uma hierarquia complexa de assentamentos que podem indicar sociedades", contradizendo percepções anteriores de que as populações da região eram pequenas e em desenvolvimento Fisher não participou do estudo.
Gestão da água, plataformas e pirâmides
A arquitetura dos assentamentos incluía plataformas escalonadas, no topo das quais estavam estruturas em forma de U, montes de plataformas retangulares e pirâmides cônicas atingindo até 22 metros de altura.
Também havia uma infraestrutura maciça de gestão de água, com canais e reservatórios. Os resultados indicam, segundo os cientistas , que o padrão de assentamento da cultura Casarabe representa um tipo de urbanismo de baixa densidade que não havia sido anteriormente descrito na Amazônia.
“Nós propomos que o sistema de assentamento Casarabe é uma forma única de urbanismo agrário tropical denso – até onde sabemos, o primeiro caso conhecido de toda a planície tropical da América do Sul”, pesquisadores dizem.
Os devemos assentamentos maiores encontrados pelos cientistas, chamados Cotoca e Landívar foram, de acordo com os "centros primários na rede de assentamento da cultura Casarabe os principais de uma rede de regional calçadas retas ainda visíveis que saem dessas locais em à paisagem por vários".
Além disso, "uma presença de plataformas em alguns pontos de alguns pontos das calçadas localizadas e em vãos na interseção de recintos poligonais para oferecer acessos a grandes locais de assentamento pode ter sido acrescentam."
"Esta é a primeira evidência clara de que havia urbanos nesta parte da bacia amazônica", disse Gregorio de Souza, arqueólogo da Universidade Pompeu Fabra na Espanha, que não participou no estudo. Manutenção da natureza.
Foto Destaque: Capturas de tela de uma animação 3D de um dos assentamentos grandes encontrados pelos cientistas, o Cotoca. Foto: Reprodução/G1/H. Prümers / DAI via Nature
