A Polícia Federal ainda não tem previsão para a conclusão de identificação de todos os corpos das vítimas do acidente que aconteceu em Vinhedos, SP, na última sexta-feira (9). Com 62 fatalidades, há expectativa que o processo seja mais rápido que o ocorrido com avião da TAM, no aeroporto de Congonhas, São Paulo, no dia 17 de julho de 2007, ceifando um total de 199 vidas. Um dos desafios que a polícia enfrenta na identificação é a incerteza de que a pessoa estava no exato lugar onde ela foi identificada no check-in ou se houve alguma mudança de última hora na aeronave, então isso obriga os peritos a fazerem buscarem outros métodos de confirmação.
Medidas que ajudam a identificar os corpos das vítimas
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, Carlos Eduardo Palhares Machado, a posição em que a pessoa estava no avião, é um fator que ajuda muito no processo de identificação do corpo, porém há necessidade de se atentar bem e checar bem outros detalhes, justamente pelo fato de que de última hora pode ser que tenha tido alguma troca, por exemplo, casais que desejam ficar juntos, ou pais que viajam com crianças.
No local do acidente a polícia conta com auxílio de um scanner que é capaz de reproduzir exatamente como estava o ambiente após acidente; a polícia já tem a lista com nome de todas as vítimas e os documentos. Um método utilizado também será o da papiloscopista que consiste em verificar se a digital colhida da vítima bate no cruzamento de dados que ele tem na ficha datiloscópica pontuo Maurício José Lemos Freire, diretor do Instituto de Identificação de São Paulo e ainda acrescentou que em alguns casos a identificação é feita visualmente por meio de roupas das vítimas, sinais particulares, tatuagens e eventuais próteses.
Acidente aéreo em Vinhedo–SP 2024 (Reprodução/ Terra/ Polícia Federal)
Último caso
Em caso de terem testados todos os métodos de identificação do corpo e não obtiverem sucesso, será necessário partir para a última instância do processo de identificação, que será através do cruzamento de DNA, esse é um processo mais demorado e completo que requer tempo, paciência e colaboração.
Foto destaque: Destroço do avião da VoePass (reprodução/Nelson Almeida/Getty Images embed)