Aproximadamente 80 mil soldados russos foram mortos ou feridos na Ucrânia desde o início do conflito. As informações foram confirmadas por Colin Kahl, funcionário do alto escalão do Pentágono.
"Os russos provavelmente sofreram entre 70 e 80 mil baixas em menos de seis meses", relata Kahl, o subscretário da Defesa.
Os equipamentos da força russa também foram prejudicados, cerca de "3 mil ou 4 mil" veículos blindados foram danificados e os armazenamentos de mísseis guiados de precisão podem estar se esgotando.
Militares ucrânianos na guerra (Foto: Anatolii Stepanov/ AFP)
O alto funcionário dos EUA apontou que o exército russo estivesse possivelmente com o número de mísseis guiados próximo da reserva e guardando para "outra contigência", visto a diminuição do uso dessa arma.
O impacto dessas perdas possui uma enorme relevância, "considerando que os russos não alcançaram nenhum dos alvos de Vladimir Putin no início da guerra", afirmou o membro do órgão de defesas norte-americana.
"Fizeram alguns progressos no Leste [da Ucrânia], embora muitos poucos nas últimas semanas. Mas isto teve um custo extraordinário para os militares ucranianos e à assistência internacional que receberam", declarou.
Em seu discurso, Kahl disse que ambos lados estão sofrendo com o confronto e que a guerra é algo muito intenso na história da Europa. Além disso, destacou o espírito do povo ucrâniano, "têm muitas vantagens, uma delas é sua vontade de lutar".
A Ucrânia informou pelo menos 10 mil mortes e 30 mil feridos em suas tropas militares.
De acordo com uma fonte militar que pediu para não se identificar, o Exército ucrâniano contava com 170 mil soldados ativos e 100 mil na reserva, no começo da guerra, em 24 de fevereiro. No momento, eles cresceram e a sua composição chegou entre 300 mil e 350 mil militares.
Antes da invasão, cerca de 150 mil a 200 mil soldados russos foram mobilizados para as fronteiras da Ucrânia, de acordo com estimativas ocidentais.
Foto Destaque: Exército russo na guerra da Ucrânica Reuters/Alexander Ermochenko