Neste domingo (20), a Secretaria de Estado de Saúde (SES), confirmou a internação de um homem de 70 anos, que foi contaminado com o vírus do HIV logo após de receber um transplante de fígado, ele foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, na Cidade do Rio de Janeiro. Ainda não foi revelado pelas autoridades o estado de saúde do paciente, esse é um dos seis casos descoberto em que os pacientes receberam órgãos de doadores portadores de HIV.
Prisão da responsável do laboratório
A Coordenadora do laboratório, Adriana Vargas dos Anjos, foi presa, após ser acusada por fraudar os laudos que autorizavam a utilização de órgãos de pessoa contaminados sem o devido conhecimento. O intuito da técnica era visar lucros da instituição, com isso, passou a determinar a quebra de protocolo de checagem de antígenos, algo que deveria ser feito diariamente, foi prolongado para uma semana.
O sócio do laboratório PCS Lab Saleme, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, também está sendo investigado. Matheus é primo do ex-secretário da Saúdo do Rio e agora deputado federal, conhecido por doutor Luizinho. Enquanto Luizinho ocupava o cargo de secretário da saúde, contratou os serviços do laboratório, o que gerou suspeitas.
Matéria sobre os seis pacientes que foram contaminados por HIV após transplante de órgão (Vídeo: reprodução/Youtube/JornaldaRecord)
Erros nos laudos
Com essa falha nos laudos os exames realizados no Laboratório Saleme, testaram negativos para o HIV em dois doadores, mas foram confirmados que os mesmos eram portadores do vírus. Com essa falha, seis pacientes que receberam os órgãos como coração, rins, fígado e córnea foram contaminados.
A SES entrou em ação para investigar e conter os danos causados. o Laboratório foi interditado e a Secretaria da Saúde instaurou uma sindicância e quer punir os envolvidos.
Reanálise das amostras
O Hemorio, responsável por fazer os testes de amostra de sangue, informou neste domingo que os exames não detectaram mais amostras de doadores infectados. A unidade decidiu realizar mais uma bateria de exames para ter certeza que os transplantes são seguros.
A SES e o governo do estado, estão atentos a já foram anunciados medidas para que não se repitam os mesmos erros no futuro.
Foto destaque: Amostras de sangue (Reprodução/Jornal Nacional)