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PT já se planeja para por fim ao orçamento secreto

Entretanto, o partido avalia que a melhor saída seja por meio do Supremo Tribunal Federal (STF). Desta forma, Lula seria poupado de negociar diretamente com o Congresso.

07 Nov 2022 - 16h12 | Atualizado em 07 Nov 2022 - 16h12
PT já se planeja para por fim ao orçamento secreto Lorena Bueri

Associados do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão pensando em possíveis opções para substituir o orçamento secreto. A ideia foi criada pelo político do PT em meio a sua campanha política no caminho das eleições presidenciais. Ao que tudo indica, a direção e o alto escalão do Congresso se mostraram favoráveis à adaptação do mesmo.

Todavia, o grupo não tem pressa em avançar as negociações. Tanto é que o futuro presidente tem confiança que o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá assinalar o fim do artifício que beneficia deputados e senadores. Desta forma, Lula seria poupado de “perder tempo” negociando diretamente com o Congresso.

A previsão do valor do orçamento secreto para 2023 é de aproximadamente R$ 19,4 bilhões. Hoje, o mesmo é chefiado pelos políticos do centrão, além de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e aliado do atual presidente Jair Bolsonaro.

Enquanto a decisão ainda não é tomada, diversos políticos já pensam em outras opções para diminuir e discutir as emendas de relator. Dentre as alternativas, está a possibilidade de aumentar a emenda individual. A principal diferença das emendas individuais para o orçamento secreto é que elas são distribuídas de maneira igualitária entre os deputados e senadores, que independe de partido político ou algum tipo de aliança.


Arthur Lira. (Foto: Reprodução:Ton Molina /Fotoarena).


Atualmente, cada deputado e senador pode alocar o valor de R$ 19,7 milhões provenientes do governo federal em cada área que bem entender. Entretanto, o grande problema é que apenas metade dessa quantia tem como destinos as áreas da saúde e educação.

Além disso, outra possibilidade avaliada seria a manutenção do alto valor das emendas de relator, mas deixar fixo a regra de transparência das transferências dos valores. Todavia, apenas com essa mudança, a distribuição irá se manter da mesma maneira, ou seja, desigual. 

Uma das propostas mais comentadas de Lula era o fim do orçamento secreto, citando supostos casos de corrupção no atual governo.

Arthur Lira chegou a revelar que pode aceitar negociar as emendas que estão dentro do mecanismo. Logo, o valor total de R$ 16 bilhões podem cair de uma maneira contundente, ou até mesmo serem incorporadas aos ministérios.

Entretanto, os deputados do PL, PP e Republicanos demandam a manutenção do controle de quanto cada integrante do Parlamento irá receber. O grupo é contra a distribuição das verbas adicionais pelas mãos do Executivo, assim como era no começo de Bolsonaro no poder, além das épocas de presidentes do PT e de Michel Temer.
  
A expectativa é de que o julgamento da questão seja realizado no final deste mês, ou, no máximo, até início de dezembro. Apesar disso, Rosa Weber, relatora do caso e presidente do Supremo, ainda não marcou uma data oficial para tal evento.

Foto destaque: Luiz Inácio Lula da Silva. Reprodução/PT

 

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