Com o risco de uma invasão russa na Ucrânia ficando maior, o Departamento de Estado dos Estados Unidos intensificou nesta segunda-feira (14) um alerta para que cidadãos americanos deixem imediatamento a Moldávia e a Belarus. De acordo com a imprensa norte-americana, o alerta aconteceu devido à atividade militar russa na região, onde Vladimir Putin reuniu milhares de soldados para exercícios militares.
Essa não foi a única ação do governo americano. Nesta segunda-feira (14), para proteger seus cidadãos de uma eminente invasão Russa na Ucrânia, o EUA também transferiu instalações da embaixada na capital ucraniana em Kiev para a cidade de Lviv, cidade ao oeste da Ucrânia.
Embaixada dos EUA em Kiev. (Foto:Reprodução/Efrem Lukatsky/AP)
Belarus e Rússia tem uma boa afinidade; juntas, realizaram exercícios militares na quinta-feira (10) com tropas, armamentos pesados e equipamentos de segurança avançados.
O presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, tem estreitado cada vez mais a afinidade com o presidente russo, Vladimir Putin, depois de reprimir a oposição política, fomentar uma crise migratória na Europa e passar por duas sanções ocidentais, consequência das acusações da UE de que Alexander teria arquitetado a crise de imigrantes em suas fronteiras com a União Europeia. No ano de 2020, os guardas de fronteira da Polônia relataram 5.100 tentativas de travessia irregular de Belarus, em comparação com 120 tentativas em todo o ano de 2020. Os imigrantes do Oriente Médio e da África não costumam usar essa rota de imigração para chegar ao bloco europeu. Por isso, a preocupação da UE em sancionar a Belarus.
Antes, o Departamento de Estado já havia alertado aos cidadãos americanos a não viajarem para a Belarus. A embaixada dos EUA na capital da Belarus, Minsk, disse que, em 31 de janeiro, ja havia ordenado a saída de familiares americanos da região. No entanto, um grupo pequeno de diplomatas norte-americanos ainda permanece no país.
O Departamento de Estado dos EUA alertou que também está pedindo pela saída imediata de seus cidadãos na Transnístria, que faz parte da Moldávia, na fronteira sudoeste da Ucrânia. Porém, o alerta não se aplica a todo o país, apenas a Transnístria, uma região também sob tensão com a Rússia, onde Vladimir Putin mantém tropas contra a vontade do governo da Moldávia.
Foto destaque: Presidente americano e russo, Biden e Putin. Reprodução/AP.
