A operação Nero deflagrada pela Polícia Federal e pela Polícia Civil nessa quinta-feira (29) em Brasília e mais outros 7 estados, Pará, Tocantins, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso e têm como principais alvos suspeitos de participarem dos atos de vandalismo em Brasília cerca de 17 dias atrás e de atos golpistas nas frentes dos quartéis militares do exército brasileiro.
Foram ao todo 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão. Um dos procurados é Alan Diego Rodrigues, que tem como suspeita de ter instalado bombas em um caminhão no entorno do aeroporto de Brasília no último dia 24 de dezembro.
Ônibus incendiado em atos de vândalismo em Brasília no início de dezembro. (Foto: Reprodução/Twitter)
Em entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal Cléo Mazoti afirmou, "Vários dos indivíduos [investigados], quase a totalidade, passou pelo QG. Inclusive, postam foto em rede social no QG". O QG na qual o delegado se refere, é o Quartel General onde ocorrem por todo o país atos pedindo a intervenção militar, o que é inconstitucional e crime.
O futuro ministro da justiça e senador eleito pelo Maranhão, Flavio Dino, usou o twitter para comentar a operação, ele disse: "As ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo".
Entenda o caso:
Desde o fim das eleições, na qual o candidato Luis Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, vencendo Jair Bolsonaro, o atual presidente, atos antidemocráticos vêm crescendo no país, desde acampamentos em frente a diversos quartéis pelo país, até atos de vandalismo em Brasília e a tentativa de invasão a sede da Polícia Federal na capital do país.
Além de pedidos de intervenção militar, que pela constituição brasileira é proibida, chegando ao extremo da noite de natal onde um golpista bolsonarista radical tentou explodir um caminhão de combustíveis em Brasília.
Por fim, a polícia federal disse que "o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo". Segundo o delegado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro Cardoso, os alvos da operação vão desde empresários do agronegócio e pastores, até mesmo a cabelereiros.
Foto destaque: Cartaz da operação das polícias Federal e Civil batizada como Nero - Reprodução/Twitter/Polícia Federal