A ONU (Organização das Nações Unidas) publicou, na última quarta-feira (10), o relatório de Emprego Mundial e Perspectivas Sociais de 2024. Nele, indicadores recentes preveem aumento da taxa de desemprego em várias regiões do mundo ao longo do ano que se inicia. Apesar da recuperação econômica acentuada em 2023, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, até dezembro, mais de dois milhões de pessoas estarão à procura de emprego.
Pessoas olham anúncios de emprego no centro de São Paulo (Foto: reprodução/Danilo Verpa/Folhapress)
Segundo a OIT, ainda que o mercado de trabalho tenha se mostrado resiliente, e recuperação pós-pandemia ainda é desigual, apresentando inúmeras crises e novas vulnerabilidades.
Possíveis causas do aumento
O prognóstico levou em consideração o enrijecimento na postura dos bancos centrais devido às constantes tensões geopolíticas e à inflação persistente e generalizada.
Fatores como esses fizeram com que as autoridades monetárias de economias avançadas e emergentes implementassem, em caráter de urgência, o maior aumento das taxas de juros visto desde a década de 80.
De acordo com o documento, como a inflação elevou as metas previstas, os bancos centrais devem manter, pelo menos até o final deste ano, a posição rígida em relação às condições financeiras.
Em 2024, espera-se que a taxa de desemprego global seja de 5,2%, o que representa 0,1% a mais que a registrada em 2023.
Homem recolhe papelão pelas ruas da cidade (Foto: reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Desemprego no Brasil
No Brasil, em 2022, a taxa de desemprego foi de 8,1% no trimestre móvel de setembro a novembro. Já em 2023, a taxa caiu para 7,5% no mesmo trimestre em questão.
Segundo números divulgados em 29 de novembro de 2023, houve um recorde no número de pessoas empregadas no país: 100,5 milhões (quase 50% da população brasileira). Isso representa um aumento de 0,9% (853 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior e 0,8% (815 mil pessoas) em relação a todo o ano.
Foto destaque: taxa de desemprego irá crescer em todo o mundo em 2024 (Reprodução/Rafaela Felicciano/Metrópoles)