De acordo com um relatório do Conselho de Segurança da ONU, visto pela Reuters, a Organização adicionou a Rússia em uma lista de criminosos globais por ter matado mais de 130 crianças ucranianas em 2022. Ainda com base nesse relatório, a Reuters citou que as forças russas (e grupos afiliados) são responsáveis por mais de 500 mutilações em crianças e 480 ataques à escolas e hospitais da Ucrânia.
Além disso, os militares russos também teriam usado 91 crianças como escudos humanos. O relatório foi divulgado após a Rússia já ter se pronunciado e negado o alvejamento de civis. Em junho de 2023, a invasão militar da Rússia matou 490 crianças e feriu 1.028, de acordo com informações obtidas no Children of War – portal do governo ucraniano.
Bebê sendo resgatado de escombros na Ucrânia (Foto: Reprodução/Revista Crescer)
O texto foi escrito por Virginia Gamba, representante para crianças e conflitos armados. A representante especial do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, teria visitado, em maio, ambos os países envolvidos. Na Rússia, Gamba teria se encontrado com Maria Lvova-Belova, a oficial russa que é procurada pelo Tribunal Penal Internacional por supostamente participar de um esquema de tráfico de crianças da Ucrânia para o território russo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também fez acusações aos militares ucranianos, de que mataram 80 crianças, feriram 175 e realizaram 212 ataques em escolas e hospitais. Mesmo acusada, a Ucrânia não foi adicionada à mesma lista que a Rússia.
A guerra da Ucrânia já incitou um intenso deslocamento de cidadãos para os países vizinhos, em um grande movimento migratório. O conflito já se estende por quase um ano e meio e não há perspectiva de um armistício a curto prazo. Estados Unidos e aliados apoiam o governo ucraniano por vias diplomáticas em resoluções debatidas na ONU, e grande parte dos países que integram a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) oferecem ajuda logística, financeira e militar.
Foto Destaque: Meninas ucranianas deixando região bombardeada. Reprodução/Gazeta do Povo