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OMM alerta: 2024 se torna o ano mais quente já registrado

A OMM aponta 2024 como o ano mais quente já registrado, com média global 1,54 °C acima da era pré-industrial; agravando crises de saúde e na economia

12 Nov 2024 - 08h15 | Atualizado em 12 Nov 2024 - 08h15
OMM alerta: 2024 se torna o ano mais quente já registrado Lorena Bueri

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou nesta segunda-feira (11) o relatório de “Atualização do Estado do Clima 2024”, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29, que acontece na cidade de Baku, no Azerbaijão. Segundo o relatório, o ano de 2024 será provavelmente  o ano mais quente já registrado, destacando um aumento de 1,54 °C na temperatura média global em comparação com os níveis normais. Este dado preocupa especialistas e evidencia a urgência de medidas para conter o aquecimento global, pois ultrapassa o limite de 1,5 °C proposto pelo Acordo de Paris como seguro para o planeta.

Temperatura altas batem recorde de janeiro a setembro

O relatório da OMM revelou que, de janeiro a setembro de 2024, a temperatura média global atingiu níveis sem precedentes, com um aumento médio de 1,54 °C acima da média pré-industrial (1850-1900). Esse recorde alerta para os efeitos das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e reforça a influência de fenômenos climáticos, como o El Niño, que intensifica o aquecimento.


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Um termômetro de rua registra 36oC na região central de São Paulo (Foto: reprodução/ Bruno Escolástico Sousa Silva/NurPhoto/ Getty Images Embed)


Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, “a catástrofe climática está martelando a saúde, ampliando as desigualdades, prejudicando o desenvolvimento sustentável e abalando as fundações da paz. Os vulneráveis são os mais atingidos.” 

Impactos na saúde e na economia

As temperaturas mais altas trazem uma série de impactos negativos para a saúde e a economia. As ondas de calor severas podem provocar problemas respiratórios e cardiovasculares, aumentando a demanda por serviços de saúde. Além disso, o aquecimento das águas dos oceanos afeta a vida marinha, impactando atividades como a pesca, o turismo e a agricultura.

A ocorrência de eventos climáticos extremos gera prejuízos econômicos, como perdas de colheitas e infraestrutura destruída, exigindo altos custos de recuperação. Assim, as nações estão cada vez mais pressionadas a adaptar suas economias e infraestruturas às mudanças climáticas, com investimentos em tecnologias de energia limpa e em práticas agrícolas sustentáveis, os dados da OMM para 2024 devem servir de alerta para governos e sociedade civil em geral, evidenciando que a luta contra o aquecimento global é um desafio urgente.

Foto destaque: painel da Conferência do Clima COP29 da em Baku, Azerbaijão (Reprodução/Itatiaia Colunas)

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