Em apuração do Portugal Giro em conjunto com o programa de retorno voluntário Árvore, da Organização Internacional para as Imigrações (OIM), foi apresentado um aumento nos pedidos de ajuda de brasileiros em Portugal.
Segundo este estudo, de janeiro a setembro, 541 brasileiros que moram em Portugal solicitaram suporte econômico para retornar ao país de origem. Sendo que 202 tiveram sucesso no pedido e receberam suporte com passagens aéreas e despesas de viagem.
Pedidos e retornos mensais para o Brasil em 2022. (Foto: Reprodução/Portugal Giro/O Globo)
Em 2020, ano em que surgiu a pandemia da Covid-19 e, consequentemente, o estouro da crise econômica, fez com que 709 pessoas procurassem o programa Árvore, 333 tiveram resposta positiva para o pedido.
A inflação recorde, crise de aluguel no país e demais complicações com as documentações, que vem a atrapalhar candidaturas de emprego para brasileiros, são os principais fatores para o desejo de retornar ao Brasil.
Ainda de acordo com o blog Portugal Giro, a comunidade brasileira é a maior entre os estrangeiros que vivem em Portugal e possivelmente, deverá ganhar um estímulo expressivo com a possibilidade do novo visto para residir legalmente no país para procurar trabalho.
A nova política de imigração autoriza a entrada de estrangeiros que pertencem à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) em Portugal por 120 dias, com direito a 60 dias de prorrogação, para que consigam contrato de trabalho, condição para o visto de permanência.
Os países da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Neste ano, o número de brasileiros residentes que vivem em situação regular em Portugal ultrapassou 250 mil, batendo recorde. A pesquisa foi divulgada pelo jornal “Diário de Notícias”, com base nos números informados pelo SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), órgão responsável pelo setor de imigração do país do Velho Continente.
O projeto da OIM estuda os pedidos para decidir se apoia ou não o retorno voluntário. Como mostrou O Globo, os brasileiros ainda recebem investimento na reintegração e retomada profissional. Porém, a volta para Portugal é proibida durante três anos.
Foto Destaque: Vista aérea de Lisboa, capital de Portugal. (Reprodução/SofieLayla Thal/Pixabay)