Nesta terça-feira (6), Rússia e Ucrânia voltaram a trocar acusações sobre quem seria a nação responsável por bombardear a maior usina nuclear da Europa, a usina de Zaporizhzhia, localizada no sul da Ucrânia, e quase causar uma catástrofe nuclear pela Europa. Apesar de estar localizada em território ucraniano, a usina foi tomada pelos russos em março, no início da guerra, mas seus operadores são de origem ucraniana.
A troca de acusações entre os países em guerra acontece há semanas, com cada país culpando o outro por colocar em risco a vida de milhões de pessoas ao redor da Europa com os bombardeios. Porém, até o momento, nenhuma outra nação ou instituição conseguiu encontrar o verdadeiro culpado pelos ataques à usina de Zaporizhzhia.
Na última semana, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas, Rafael Grossi, liderou uma missão na qual dois funcionários da AIEA se instalaram na usina para monitorar a situação. Nesta terça-feira, Grossi deve encaminhar um relatório enviado por estes dois funcionários ao Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, detalhando os danos e as descobertas feitas pelos funcionários na usina nuclear.
Bombardeio próximo da usina de Zaporizhzhia (Foto: Reprodução/Anatolii Stepanov/AFP)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em uma das acusações feitas, que a Rússia quase causou uma “catástrofe de radiação”, e que Moscou não liga para o que a AIEA dirá em relação aos bombardeios.
A Rússia, em defesa, questionou por que o governo atacaria suas próprias tropas, que estão instaladas próximas à usina. Porém, no dia anterior, a Rússia havia acusado a Ucrânia de bombardear a maior usina do continente europeu.
Em missão diplomática junto com organizações internacionais em Viena, o governo russo disse, via Telegram, que 3 mísseis ucranianos caíram em uma região próxima da usina de Zaporizhzhiam. Ainda revelou imagens de impactos de mísseis, para reforçar seu argumento. A equipe da Reuters não conseguiu verificar as alegações dos dois países.
Foto destaque: Reprodução/Alexander Ermochenko/Reuters