Na madrugada dessa sexta-feira (28) várias cidades da Ucrânia sofreram ataques russos com mísseis e drones e provocaram a morte de 17 pessoas, maior ataque à Ucrânia em um mês. Os ataques aconteceram em cidades do sul e no centro do país, o que revela uma expansão das operações das tropas russas que se concentrava no leste. As sirenes soaram por toda Ucrânia, inclusive em Kiev. Além da capital, exitem relatos de explosões em Uman, Dnipro, Kremenchuk e Poltava, cidades localizada no centro do país, e em Mykolaiv que se localiza ao sul.
Em suas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu que as ofensivas russas vão ter uma resposta, não apenas da Ucrânia, mas de todo o mundo. "O terror russo deve ter uma resposta adequada da Ucrânia e do mundo. E isso vai acontecer. Cada ataque deste tipo, cada ato maligno contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição", falou Zelensky no Telegram.
Foto: Equipes de resgate buscam por sobreviventes após ataque russo atingir prédio residencial em Uman, na Ucrânia. Reprodução: SERGEI SUPINSKY/AFP.
Na quarta-feira (26) aconteceu uma conversa por telefone entre os presidentes da Ucrânia e da China. Xi Jinping anunciou que enviará um representante de Pequim a Kiev para mediar um acordo politico com intenção do fim do conflito. O ministro ucraniano da defesa afirmou que os preparativos militares para uma ofensiva da primavera conta as posições russas chegaram ao fim, disse que a Ucrânia está pronta, uma fase decisiva da guerra, conflito que dura mais de um ano.
Na cidade de Uman, um míssil atingiu um prédio residencial, que ocasionou a morte de 15 pessoas e deixando outras nove feridas. Já em Dnipro, atingiu uma casa, matando duas pessoas, uma jovem e uma criança de três anos, de acordo com o prefeito da cidade, Borys Filatov, no Telegram. Já a região de Kiev duas pessoas ficaram feridas. A Ucrânia disse que conseguiu interceptar onze mísseis de cruzeiro e dois drones nas proximidades da capital.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou ser responsável pela série de bombardeios, mas alegou que os ataques foram direcionados apenas para alvos militares. Alegou também que Kiev ordenou um bombardeio a cidade de Donetsk, cidade no leste da Ucrânia atualmente controlada pela Rússia, que matou sete pessoas. A Ucrânia não se pronunciou sobre a acusação.
Foto destaque: Mulher carrega criança após míssil russo atingir prédio residencial em Uman, cidade a 215 km de Kiev, capital da Ucrânia. Reprodução/SERGEI SUPINSKY/AFP
