No ano de 2022, os serviços de coleta de lixo domiciliar beneficiaram aproximadamente 90,9% dos brasileiros. A pesquisa realizada pelo Censo, foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (23). Os dados mostraram que 82,5% dos moradores têm seus resíduos sólidos coletados diretamente no domicílio por serviços de limpeza.
Em um comparativo geográfico, os números subiram de 53,5% para 69,8% no Maranhão, de 60,1% para 73,4% no Piauí e de 71,2% para 75,9% no Acre. São Paulo ainda é a maior cobertura do país, sendo 98,2% em 2010, e passando para 99%, em 2022.
Brasil ainda possui muitas desigualdades regionais (Foto: reprodução/Folha de São Paulo)
Coleta de esgoto
Apesar do resultado positivo quanto as coletas de lixo, a pesquisa revela a escassez nas coletas de esgoto, e saneamento básico ideal. A maior parte das regiões do Brasil, não possuem esse serviço disponível.
O lado oposto da pesquisa, divulgada pelo IBGE, mostra que 9,1% que não têm acesso à coleta de lixo, 7,9% precisam recorrer à queima dos resíduos em sua propriedade, 0,3% enterram em sua propriedade, 0,6% jogam em terrenos baldios ou áreas públicas e 0,3% dão outro destino. A estrutura de coleta de esgoto, custa mais caro que as demais, e o Censo 2022 reflete isso, mostrando o quão escasso o serviço sanitário no Brasil, ainda que com uma cobertura inferior à da distribuição de água e à da coleta de lixo.
Água potável
Em relação à água para consumo, 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição - 9% por poços profundos ou artesianos, 3,2% por poços rasos ou cacimbas e 1,9% por fontes, nascentes ou minas. Segundo informações do IBGE, essas quatro modalidades são consideradas adequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, e totalizam 96,9%.
Foto destaque: Caminhão de lixo pelas ruas. (Reprodução/Prefeitura SP)