Na noite da última quarta-feira (16), o chefe do grupamento de emergências da ilha de Mauí, no Havaí, concedeu uma entrevista coletiva no qual afirmou que ao não acionar as sirenes de alerta durante o incêndio ocorrido na última semana, pode ter contribuído para salvar vidas.
Segundo Herman Andaya, administrador da Agência de Gerenciamento de Emergências de Mauí, afirma que os alertas são acionados em casos de tsunamis, e que caso fossem usados naquele momento, poderiam causar uma tragédia maior, pois o treinamento leva as pessoas irem para as montanhas, e o fogo estava vindo delas.
Os alertas
Segundo Andaya, outros dois tipos diferentes de alertas foram acionados por meios diferentes. O primeiro, mandava mensagens para o telefone da população alertando e o segundo transmitia mensagens de urgência no rádio e na televisão. Herman completou dizendo que as sirenes estão localizadas perto das praias, portanto se fossem acionadas, levariam as pessoas em direção ao fogo.
Tragédia poderia ser pior
A população havaiana é treinada para casos de tsunami, por ser uma ilha, acidentes desse tipo podem acontecer. O treinamento é feito para que a população fuja para áreas mais altas, como montanhas, assim que sirenes de alertas soem.
No caso do incêndio, o fogo veio de um vulcão, perto da montanha Mauka, para onde deveriam correr em caso de Tsunami. Se acionassem as sirenes, a população correria em direção ao fogo e a tragédia poderia ser pior ainda. Nesse caso, Andaya confirmou que a atitude tomada foi correta.
Carros destruídos pelo fogo na ilha de Mauí no Havaí (Foto: reprodução/Twitter/@SBTnews)
O que dizem as autoridades
O governador do estado do Havaí, Josh Green, afirmou que a decisão de não acionar as sirenes de alerta foi correta. Foi instaurado por ele uma comissão para que se faça uma revisão nos planos de fuga em casos de incêndio, para que não sejam pegos de surpresa caso ocorra novamente.
Um grupo de investigadores também irão à ilha, juntamente com especialistas externos, a fim de esclarecer como o incêndio começou. Segundo Green, essa não é uma investigação criminal e sim para aprender como manter a população mais segura a partir de agora.
Foto Destaque: Incêndio histórico no Havaí. Reprodução/Twitter/@SBTnoticias