Após o retorno dos astronautas da NASA para a Terra nesta semana em uma cápsula da SpaceX, a agência passou a realizar testes com a cápsula que os deixou presos no espaço. A tripulação ficou presa durante 9 meses por conta de problemas técnicos na cápsula Starliner, da Boeing, e agora passa por análises e melhorias para saber se é uma alternativa viável para a cápsula Dragon, de Elon Musk.
Entre os investimentos estão uma campanha de testes programada para este verão e pelo menos um voo de demonstração adicional que pode custar US$400 milhões ou mais.
Segundo o gerente do programa de tripulação comercial da NASA, Steve Stich, a agência está trabalhando junto à Boeing na certificação da Starliner, para que a espaçonave possa voltar a operar. Stich disse ainda que o retorno dos astronautas da NASA, Butch Wilmore e Suni Williams, na cápsula Dragon da SpaceX mostra a importância de ter dois sistemas diferentes de transporte de tripulação.
Capsula Dragon da SpaceX (Foto: reprodução/Instagram/@spacex)
Missão espacial falha
Em junho de 2024, os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore participaram do teste do foguete CST-100 Starliner, com objetivo de voltar após 8 dias, mas o retorno foi adiado por conta de falhas técnicas na espaçonave e apenas em março de 2025 conseguiram retornar da missão.
Segundo a NASA, a falha aconteceu durante a tentativa de acoplagem da cápsula na Estação Espacial Internacional, quando cinco dos 28 propulsores falharam, precisando ser reiniciados.
Caso fosse bem sucedida, a missão teste seria o último passo da Boeing antes de receber certificado da NASA permitindo a realização de voos rotineiros com astronautas, ao lado da SpaceX, de Elon Musk.
CST-100 Starliner
O Crew Space Transportation (CST)-100 Starliner é uma cápsula espacial criada pela Boeing em colaboração com o Programa de Tripulação Comercial da NASA, com objetivo de transportar missões na órbita baixa da Terra.
Post da Boeing no instagram (Video:Reprodução/Instagram/@boeing)
A cápsula estava planejada para operar ainda no ano de 2017 mas o prazo foi alterado por problemas de gerenciamento e engenharia. Apenas em dezembro de 2019 foi feito o primeiro teste de voo orbital não tripulado, considerado um fracasso parcial, levando a um segundo teste de voo orbital em maio de 2022.
Foto destaque: CST-100 Starline (Reprodução/X/@NASA)