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Morte de Leandro Lo não deve ser considerada legítima defesa, diz polícia

O delegado titular José Eduardo Jorge indica que a morte do lutador Leandro Lo não deve ser relacionada a legítima defesa. O resultado do caso será decidido pela Justiça.

09 Ago 2022 - 18h42 | Atualizado em 09 Ago 2022 - 18h42
Morte de Leandro Lo não deve ser considerada legítima defesa, diz polícia Lorena Bueri

A Polícia Civil de São Paulo descartou da investigação da morte do lutador e campeão de jiu-jitsu Leandro Lo, no último sábado (06), a possibilidade de alegação de legítima defesa por parte do policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado do crime. 

Henrique foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e preso nesse domingo (07). Durante sua apresentação na Corregedoria da Polícia permaneceu em silêncio, o policial foi encaminhado ao presídio Romão Gomes, onde irá cumprir prisão temporária de 30 dias. Antes disso, ele já havia sido condenado por agressão e desacato em 2021, por um caso de 2017.

O desenlace se teria havido ou não legítima defesa na situação estará ao encargo da Justiça, no entanto, para José Eduardo Jorge, delegado titular do 16º DP que coordena a investigação, o pedido do acusado não se encaixa à essa situação. Segundo ele, Henrique foi imobilizado pelo lutador, "Leandro levantou e sentou a cadeira, depois o Henrique levantou, deu a volta e matou o cara. É um homicídio qualificado, motivo fútil, ele não tinha motivo para matar, ele não se defendeu (...) legitima defesa é quando você está apanhando, pega um instrumento e bate, mas aquilo é execução", - relata o delegado. 


  Polícial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo acusado de matar Leandro  (Foto: Reprodução/Divulgação).


Além do policial, outras nove pessoas estavam armadas no ambiente, segundo as informações dadas à Polícia pelo Esporte Clube Sírio, o estabelecimento do show que ocorreu o crime. Todos foram autorizados a entrar após realizarem um registro.

O artigo 6º, inciso II, da Lei Federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, constata a proibição do porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo os casos previstos em legislação própria e para os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do artigo 144 da Constituição Federal, no qual também envolve todos policiais civis e militares no Brasil.

O caso

No último sábado (06), durante uma confusão em um show no Esporte Clube Sírio, Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jitsu, foi baleado com um tiro na cabeça pelo policial militar Henrique Oliveira. De acordo com testemunhas, o atleta estava tentando separar a briga. 

O corpo de Leandro foi velado nesta segunda-feira (08), na Zona Sul de São Paulo. Henrique está detido e aguarda o início do processo de seu julgamento.

Foto Destaque: Octacampeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lo morreu com um tiro na cabeça. Reprodução/Instagram.

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