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Ministro quer responsabilizar causadores de afundamento do solo em Maceió

Ministro Alexandre Silveira acredita que “o monitoramento full-time [o tempo todo] daquele processo das cavidades sal-gema no município de Maceió é uma grande prioridade”.

11 Dez 2023 - 20h05 | Atualizado em 11 Dez 2023 - 20h05
Ministro quer responsabilizar causadores de afundamento do solo em Maceió Lorena Bueri

Nesta segunda feira (11), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “providências” serão tomadas para responsabilizador os causadores do afundamento do solo em Maceió. No entanto, Silveira quer priorizar o monitoramento da área para “proteger a questão ambiental”.

“O risco, na nossa compreensão, é ambiental, que tem de ser considerado, e, portanto, o monitoramento full-time [o tempo todo] daquele processo das cavidades sal-gema no município de Maceió é uma grande prioridade”, declarou o ministro.

Rompimento


Momento em que mina se rompe em Maceió. (Vídeo: Reprodução/Youtube/Itatiaia).


No domingo (10), uma mina da Braskem se rompeu, após o afundamento de um trecho da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió. A região já estava desocupada desde 29 de novembro, quando a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência.  

A Braskem possui minas em Maceió desde 1970, para explorar sal-gema – minério utilizado na produção de soda cáustica e PVC. Em fevereiro de 2018, residências do bairro de Pinheiro passaram a apresentar rachaduras. Já em março, o local foi impactado por um tremor de magnitude 2,5, que agravou as rachaduras e crateras no solo.

Um ano após, em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, confirmou que instabilidade no solo de Maceió tinha como causa a extração de sal-gema feita pela Braskem.

Em novembro do mesmo ano, a empresa decidiu fechar os poços de extração no estado. No entanto, segundo o pesquisador e especialista em geotécnica e geologia, Abel Galindo Marques, ao g1, a estabilização das minas levaria ao menos 10 anos.

Medidas

Segundo o ministro Alexandre Silveira, o governo de Maceió “agiu com rapidez na preservação da vida humana”, já que evacuou mais de 40 famílias que estavam nas proximidades.

Após o rompimento, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, técnicos estão avaliando os danos ambientais. No entanto, Nobre afirma que não ocorrerão novos rompimentos na região.

Além do monitoramento do local, nesta terça-feira (12), será instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o afundamento em Maceió, chefia pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Foto destaque: ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Reprodução/Agência de notícias da indústria). 

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