A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, informou na última quinta-feira (9) que a pasta está elaborando um programa de valorização das trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, as mulheres já ocupam mais de 60% dos cargos do sistema.
Trabalhadoras do SUS (Foto: Reprodução/UNIVAÇO)
“Somos 2 milhões de trabalhadoras no SUS. Esse será um programa chave da nossa gestão que não se resumirá a uma secretaria ou departamento. A questão da equidade de gênero e da luta pelo direito das mulheres em todas as dimensões pautará a nossa ação nos próximos anos”, disse a ministra, durante o debate online Mulher e Saúde Global, promovido pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris/Fiocruz), no âmbito do Dia Internacional da Mulher, comemorado na última quarta-feira (8).
Segundo Nísia, o feminicídio é um dos temas abordados com políticas interministeriais. “É importante registrar que, a cada hora, quatro mulheres sofrem violência no país, e, a cada dia, mais de uma mulher morre em crimes que têm por alvo o fato de sermos mulheres. Não podemos nos calar diante dessa situação, e também devemos pensar que as questões de gênero são agravadas pelas desigualdades de raça porque, entre as mulheres mais atingidas, encontram-se as mulheres negras e indígenas”, explicou.
Ela também destacou que o Ministério da Saúde visa pelo cuidado integral das mulheres em todo o ciclo da vida – da infância ao envelhecimento.
“Portanto, são agendas que colocam o tema do direito humano, da dignidade das mulheres, e de uma retomada de políticas importantes que já foram pauta nos ministérios da Saúde, das Mulheres, da Igualdade Racial e em outras pastas importantes”
Também será criada uma comissão consultiva dedicada ao planejamento, monitoramento e avaliação do programa, composta por secretarias, membros do gabinete de Nísia e eventuais convidados.
Foto destaque: Nísia e Lula. Reprodução/Fiocruz