Após a controvérsia recente desencadeada por suas declarações acerca das operações de Israel na Faixa de Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua posição durante um evento realizado no Rio de Janeiro. Em meio a críticas e solicitações de retratação por parte das autoridades israelenses, Lula não retrocedeu em sua análise, reiterando que o que se desenrola em Gaza representa um genocídio.
Persistência em meio à controvérsia
Durante o evento do programa "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", realizado no Museu de Arte Moderna, Lula enfatizou sua posição declarando que não compactua com a falsidade em detrimento de sua dignidade. Ele defendeu veementemente a criação de um Estado palestino independente e soberano, capaz de coexistir pacificamente com Israel. Lula também destacou que o que o governo israelense está perpetrando, não se resume a um conflito armado; é uma ação genocida, ceifando vidas de mulheres e crianças.
O presidente também fez um apelo para que suas palavras fossem compreendidas sem distorções, destacando que não deveriam tentar interpretar a entrevista que concedeu na Etiópia e sugerindo que lessem-na integralmente. Ele também pediu que evitassem julgá-lo com base nas declarações do primeiro-ministro de Israel.
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— Lula (@LulaOficial) February 24, 2024
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Em discurso a apoiadores, Lula mantém posição sobre Israel e defende criação de Estado Palestino (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)
Repercussão internacional e reações diversas
Suas declarações anteriores, proferidas durante a cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia, desencadearam uma série de reações, com Israel declarando Lula como persona non grata no país e o governo brasileiro convocando seu embaixador em Tel Aviv para consultas. Além disso, entidades judaicas e especialistas em memória do Holocausto repudiaram suas comparações entre as ações israelenses e o Holocausto, ao passo que Lula recebeu apoio de setores que advogam por uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.
Um chamado à ação e à reflexão
Em meio a tudo isso, o presidente continua enfatizando sua avaliação sobre a situação em Gaza, ressaltando a importância de uma postura política mais efetiva para resolver conflitos desse tipo. Ele destaca a necessidade de conscientização das pessoas sobre o que está acontecendo e a urgência de menos hipocrisia e mais política. Lula também reforça que não se pode aceitar qualquer forma de guerra, seja na Ucrânia, seja em Gaza.
Foto Destaque: Lula em evento na Etiópia tece críticas ao comportamento israelense na Faixa de Gaza (Reprodução/Reuters/Via BBC)