Nesta segunda-feira (18), um menino de quatro anos foi encontrado sem vida dentro de uma van escolar, na Mooca, Zona Leste de São Paulo. De acordo com a Secretária de Segurança Pública, uma mulher foi presa em flagrante por homicídio culposo.
Em depoimento à Polícia Militar, a motorista da van – identificada pelo g1 como Maria do Carmo Pereira - informou que, durante a manhã, havia deixado a criança no Centro de Educação Infantil (Cei), na Mooca. No entanto, ao retornar para buscar o menino, percebeu que ele não estava lá e, após procurá-lo em outros locais, o encontrou já sem vida dentro da van escolar.
A mulher acionou a PM por volta das 16h. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi chamado e tentou reanimar a criança, mas não obteve sucesso. O menino de quatro anos foi declarado como morto ainda no local e o caso foi direcionado ao 8º Distrito Policial.
PM é acionada após criança ser encontrada morta dentro de van escolar. (Vídeo: Reprodução//Instagram/@vivaabc_).
Ações após denúncia
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a van escolar não pertence ao serviço de Transporte Escolar Gratuito (TEG) fornecido pela cidade. O Departamento de Transportes Públicos, afirmou que o veículo está com a documentação em dia, assim como a motorista.
"Cabe destacar que a contratação da van escolar privada ocorre entre o condutor e o responsável pela criança, não havendo intermediação da prefeitura”, declara o DTP.
No entanto, o órgão informou que irá instaurar um procedimento administrativo para investigar a conduta dos responsáveis pela van. De acordo com a Secretária de Segurança Pública, uma mulher de 56 anos foi presa em flagrante por homicídio culposo.
Já nesta terça-feira (19), por determinação da Justiça, a motorista do veículo foi colocada em liberdade provisória. Com fiança de dois salários-mínimos, a mulher deverá comparecer em juízo todo mês, manter o endereço atualizado, não poderá sair da cidade por mais de oito dias sem prévia comunicação, além de ter seu direito de dirigir revogado.
Escola alertou motoristas
À TV Globo, a direção do Centro de Educação Infantil (CEI) – escola do menino identificado pelo g1 como João Alisson -, afirmou que havia solicitado, há cerca de um mês, aos motoristas que verificassem se todas as crianças desceram dos veículos escolares.
"Tem sempre que ser verificado se há alguém responsável por ver se ficou no transporte. A capacitação dos condutores e auxiliares que ajudam deve ser muito rigorosa", dizia o comunicado enviado pela escola.
Segundo caso em menos de dois meses
Com o caso de João Alisson, em menos de dois meses, a cidade de São Paulo constatou duas mortes de crianças esquecidas em vans escolares. Em 14 de novembro, um menino de dois anos foi encontrado morto após passar a tarde dentro de um veículo em um estacionamento no bairro da Vila Maria, na zona norte de São Paulo.
O motorista encaminhou a criança até o Hospital Vereador José Storopolli, mas ela já chegou ao local sem vida. O homem e sua esposa, que era auxiliar do transporte, chegaram a ser presos. No entanto, receberam liberdade provisória, segundo determinação judicial.
Foto destaque: PM é acionada após criança ser encontrada morta dentro de van escolar. (Reprodução/Instagram/@vivaabc_).
