A Polícia Federal (PF), juntamente com as forças do Paraguai, desencadeou uma megaoperação, nesta terça-feira (5), que resultou na prisão de 19 pessoas e um bloqueio de R$66 milhões em bens no Brasil. O grupo é suspeito de negociar compra e venda de armas para os maiores chefes de facções criminosas no Brasil.
Cerca de 2.325 armas foram apreendidas. Entre elas, fuzis e pistolas. Além da munição, relógios de luxo, jóias, veículos, dinheiro em espécie e também equipamentos para raspagens de números de armas foram encontrados pela PF. Tudo indica se tratar de um esquema de tráfico internacional.
Armamento apreendido na casa de Diego (Foto: reprodução/ Estadão)
Do grupo, cinco pessoas foram presas no Brasil e 19 no Paraguai.
O que diz o Ministro da justiça
Segundo Flávio Dino, o bloqueio chegou a ser de R$66 milhões. A suspeita ainda é de que o grupo pode ter movimentado cerca de R$1 bilhão.
Ministro da Justiça Flávio Dino fala sobre megaoperação (Foto: reprodução/ CNN Brasil)
“Essa ação com o Paraguai fará com que as duas maiores facções brasileiras, que eram as destinatárias principais desses armamentos ilegais, tenham o fechamento desta via logística para realização das suas operações”, afirmou o ministro da justiça.
Maior contrabandista de armas
A investigação aponta o argentino Diego Hernan Dirisio, que reside no Paraguai, como um dos maiores contrabandistas de armas da América do Sul e responsável pela ação.
Diego é o principal alvo que segue sendo investigado pela venda de 43 mil armas para as principais facções do Brasil, em São Paulo e também no Rio de Janeiro.
Diego é considerado como um dos miores criminosos contrabandistas da América do Sul (Foto: reprodução/ G1)
O criminoso adquiria o armamento de diversos países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia e revendia para criminosos brasileiros.
Diego conseguiu fugir e está foragido até a publicação dessa matéria. A Polícia Federal investiga o caso e suspeita de vazamento da operação por meio de agentes de segurança do Paraguai.
Na casa de Hernán foram encontradas armas e notas em dólares. A Justiça da Bahia solicitou para que o nome de Diego seja colocado na Difusão Vermelha da Interpol, podendo ser preso em qualquer país.
Foto destaque: PF deflagra megaoperação. (Reprodução/ Metrópoles)