Um médico em Madri, Espanha, se deparou com uma pessoa, no metrô, que apresentava sinais na pele iguais aos infectados pela varíola dos macacos. O clínico tirou uma foto e foi questionar o passageiro, conforme ele relatou em seu twitter, disse que pensou em quantas pessoas poderiam ser infectadas e como ficou com receio de encostar em qualquer parte do metro ou sentar.
O registro do caso aconteceu no dia 15 deste mês, uma sexta-feira, e foi postado nas redes sociais de Arturo Henriques, o médico-cirurgião que presenciou o acontecimento. Em postagens seguintes, ele conta melhor como a situação aconteceu e dá mais detalhes.
Arturo conta que o homem entrou no metrô com o corpo coberto de ferimentos semelhantes aos da doença, inclusive nas mãos. Ele conta que ninguém ao seu redor reagiu à situação, como se fosse mais um dia normal, mesmo o país passando por uma alta dos casos da Varíola dos Macacos, então o médico decidiu tomar a iniciativa e abordar o passageiro.
Passageiro com sintoma de Variola dos Macacos no metro de Madri, Espanha (Foto: Reprodução/Twitter)
Ele conta no post que teve que ser a pessoa chata que faria isso, mas o fez independentemente. Quando abordou o homem que apresentava os sintomas, Henriques perguntou se ele tinha a Varíola dos Macacos e o indivíduo respondeu que sim, mas contou que a sua médica não o obrigou a ficar em casa e apenas o alertou a usar máscara.
O médico alertou o homem sobre os perigos das feridas, principalmente nas mãos, pois podem espalhar a doença por outros lugares. Mas o indivíduo não sentiu que estava fazendo algo errado e continuou no vagão, segundo o relato de Arturo Henriques.
Quando isso aconteceu o cirurgião conta que perguntou para uma mulher se ela não se sentia incomodada e ela respondeu “como vou temer se eu não sou gay? O governo disse que são os gays que devem se cuidar”. Ao ouvir isso, Arturo diz que permaneceu simplesmente calado e desceu na sua estação.
Foto Destaque: Particulas virais do monkeypox. Reprodução/Getty Images