Referente ao caso das joias sauditas avaliadas em R $16,5 milhões, o tenente-coronel Mauro Cid, que na época era assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acabou fazendo 'jogo duplo' para poder retomar o conjunto de joias e poder destinar ela ao ex-presidente. Segundo as informações da TV Globo, a questão foi levantada após análises de depoimentos de testemunhas à Polícia Federal.
Nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro, o Mauro Cid pediu a liberação das joias que foram aprendidas por meio de um ofício, só que o procedimento burocrático que ele deu entrada só pode ser feito apenas em caso de bens com destinação pública. Em comparação, o ex-assessor fez algumas movimentações internas onde que as joias pudessem ir para o acervo privado do ex-presidente, caso de algum jeito saíssem da Receita.
De acordo com as investigações, representantes da Presidência da República teriam pressionado servidores da Receita Federal para conseguir a liberação das joias em dezembro de 2022.
O caso das joias sauditas mostrou um estojo com joias milionárias e também uma escultura que foram retidas pela Receita Federal em 2022, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
As joias sauditas avaliadas em R $16,5 milhões (Foto:Reprodução/Twitter)
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro afirmou em um evento do PL na Câmara dos Deputados que recebeu pessoalmente o segundo pacote de jóias sauditas no Palácio da Alvorada, onde confirma o relato de uma ex-servidora que teve o depoimento prestado para a Polícia Federal.
No Congresso Nacional, Michelle informou que "Essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas. Estão associando ao primeiro caso, quando eu falei que não sabia e não sei mesmo. Tanto que as primeiras estão apreendidas na Receita e essas do Alvorada estão na Caixa Econômica Federal."
Após todos os trâmites que Cid fez, ainda assim ele não conseguiu já que o corpo técnico da Receita precisou analisar o ofício assinado por Mauro Cid e acabou concluindo que não poderia atendê-lo, já que a Ajudância de Ordens, órgão que é chefiado por Cid, não era a instância competente para fazer o pedido de incorporação e que deveria ser feito por outro órgão que estivesse ligado a presidência e a Secretária-Geral da Presidência da República.
Foto Destaque: Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto:Reprodução/Adriano Machado/Reuters)