Uma apreensão significativa de tráfico de drogas ocorreu, no último domingo (29), quando a Marinha da Colômbia interceptou um submarino no oceano Pacífico ao transportar mais de três toneladas de cocaína, avaliada no total em R$ 551 milhões. A ação das autoridades colombianas não apenas demonstrou a escala do tráfico de cocaína na região, mas também lançou luz sobre os desafios crescentes enfrentados na luta contra o tráfico de drogas.
Foto: Embarcação interceptada pela Marinha colombiana (Reprodução/Marinha da Colômbia)
Submarino apreendido com carga de cocaína
Em 5 de outubro desse ano, unidades da Marinha colombiana detectaram uma embarcação suspeita tripulada por quatro pessoas. O submarino, com 20 metros de comprimento e três metros de largura, estava carregado com 185 embalagens de cocaína, cujas características eram semelhantes ao cloridrato de cocaína. Após a apreensão, os quatro homens foram presos e encaminhados para Tumaco, no departamento de Nariño. Esta apreensão foi uma das 19 ocorridas na Colômbia em 2023, demonstrando a extensão do problema na região.
Crescimento do tráfico de cocaína
A interceptação do submarino é um exemplo da crescente complexidade e ousadia das operações de tráfico de drogas na América do Sul. O aumento na produção global de cocaína, de acordo com o Relatório Global sobre Cocaína 2023 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), é um dos principais fatores que alimentam essa dinâmica.
A demanda por cocaína também tem um aumento constante no número de usuários em muitas regiões ao longo da última década. Embora o mercado de cocaína seja concentrado nas Américas e partes da Europa, o relatório do UNODC adverte sobre o potencial de expansão na África e na Ásia.
Desafios enfrentados pela UNODC
O aumento do tráfico de cocaína representa um desafio significativo para a comunidade internacional. O Diretor Executivo do UNODC, Ghada Waly, alertou para a ameaça transnacional representada pelo potencial de expansão do mercado de cocaína na África e na Ásia. A resposta a essa ameaça requer conscientização, prevenção e cooperação regional e internacional.
O relatório também destaca a diversificação das rotas de tráfico e a fragmentação das redes de tráfico, com a desmobilização das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) criando oportunidades para a intervenção de outros atores locais e estrangeiros. Além disso, o surgimento de "prestadores de serviços" na cadeia de suprimentos de drogas representa um novo desafio.
A interceptação do submarino na Colômbia destaca a necessidade contínua de esforços coordenados para combater o tráfico de drogas, à medida que o problema cresce em escala e complexidade. A UNODC desempenha um papel vital nesse esforço, fornecendo informações e diretrizes que podem ajudar a direcionar ações eficazes contra o tráfico de cocaína em todo o mundo.
Foto destaque: Equipe de busca da Marinha colombinana em ação (Reprodução/Marinha da Colômbia)
