De acordo com informações do Ministério Público (MP), o suspeito de ser o autor dos disparos que tiraram a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes, Ronnie Lessa, teria escolhido e pago os advogados de Élcio de Queiroz, para, assim, evitar uma delação premiada. Apesar disso, Queiroz adotou a delação, revelando esta e mais informações sobre o caso.
De acordo com a Polícia Federal (PF), pode ser que Ronnie Lessa também receba a oportunidade de contar com a delação premiada.
O atentado ocorreu em 2018 e tirou a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Queiroz complicou a situação de Lessa
Fontes afirmam que as declarações de Queiroz durante delação, preso desde 2019, trouxeram novos indícios ao assassinato de Marielle, trazendo oportunidades e e condições para que Lessa também faça o acordo, e forneça mais informações sobre o crime dos quais eles são suspeitos.
De acordo com o jornal O Globo, Ronnie Lessa já havia demonstrado interesse pela delação antes e, com as novas informações dadas pelo Queiroz, a situação de Lessa complicou-se. Caso o acordo aconteça, é imprescindível que traga explicações sobre as ordens e o(s) mandante(s) do crime contra Marielle.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, respectivamente (Foto: reprodução/CNN)
Élcio de Queiroz e sua delação
Na segunda-feira (25), trechos da delação feita por Queiroz em abril foram divulgados. No depoimento, Queiroz afirma que era o motorista do carro usado no atentado e que Ronnie Lessa disparou a arma.
Ele ainda afirmou que havia outro participante no crime, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Ele teria feito campanas para vigiar Marielle, sendo um dos participantes desta emboscada, mas acabou sendo substituído por Queiroz.
Suel foi preso na segunda (24), durante a operação Élpis, que investiga a morte de Marielle e Anderson, além da tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora que também estava no veículo. Até então, ele cumpria pena em regime semiaberto.
Durante a delação, ele também deu mais detalhes sobre o planejamento e execução do crime que coincide com provas do caso.
Foto Destaque: Marielle Franco. Reprodução/conectas.org
