Após as mudanças no orçamento da educação e nos planos de carreira dos funcionários do setor implantados pelos governos Temer e Bolsonaro, docentes, técnicos-administrativos e discentes de institutos e universidades federais entraram em greve por todo o país. As reivindicações vão desde aumento na verba destinada à educação, melhores condições de infraestrutura, revogação de normas implantadas nos últimos oito anos, recomposição salarial e reestruturação de carreira para todos os funcionários concursados.
A greve se manifesta em setores diferentes dependendo da instituição. Em grande parte das instituições brasileiras, os primeiros a pararem foram os TAEs, técnicos-administrativos em educação, sendo seguidos pelo corpo docente. Em outras, somente um dos grupos aderiu ao movimento. Em algumas universidades, como a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) aprovou greve estudantil, mesmo sem adesão dos professores.
Servidores concentrados em frente à Faculdade de Direito do Recife (Foto: reprodução/Aimé Kyrillos/DP Foto)
O que dizem as representações?
O SINASEFE, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, disse ao G1 que apesar de estar em diálogo com o governo desde 2023, não teve suas reivindicações atendidas. Em adição ao problema já mencionado, o corte de verbas faz com que funcionários terceirizados dos setores de limpeza, segurança, alimentação e transporte das instituições entrem em greve, como foi o caso dos funcionários de limpeza da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que entraram em greve após três meses sem receber, segundo informações divulgadas pelo DCE Mário Prata no Instagram.
O Ministério da Educação afirma que vem tentando solucionar as demandas de docentes e TAEs da melhor maneira possível.
Comando de greve do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/SINDSCOPE)
Quem parou?
Em todo o país, 65 instituições entre universidades e institutos federais, além do Colégio Pedro II estão em greve. No Rio de Janeiro, o número aumentará a partir do dia 02 de maio, com a adesão do CEFET-RJ à greve, segundo informação da Associação de Docentes do CEFET (Adcefet).
Foto destaque: Servidores da FASUBRA em greve. (Reprodução/José Cruz/Agência Brasil)