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Mais de 1.500 pessoas são presas em protestos pró-Palestina realizados nos EUA

Manifestantes exigem que universidades do país cortem laços com empresas e façam “desinvestimento” em fundos de entidades relacionadas a Israel.

02 Mai 2024 - 09h05 | Atualizado em 02 Mai 2024 - 09h05
Mais de 1.500 pessoas são presas em protestos pró-Palestina realizados nos EUA Lorena Bueri

Em 18 de abril, estudantes da Universidade de Columbia, localizada nos Estados Unidos, iniciaram uma manifestação pró-Palestina que se estendeu por pelo menos mais de 30 universidades de 23 estados do país, como Texas, Utah, Virgínia, Carolina do Norte, Novo México, Connecticut, Louisiana, Califórnia e Nova Jersey. Em estimativa realizada pela CCN, mais de 1.500 pessoas foram presas nos protestos realizados pelo país.  

Além das manifestações, estudantes realizaram acampamentos nos jardins da Universidade de Columbia e invadiram a instituição após a ameaça de suspensão dos universitários. Os episódios têm sido marcados pela frequente presença de policiais que tentam controlar o embate entre os estudantes e as universidades.


Universidade de Columbia é o epicentro das manifestações pró-Palestina (Vídeo: reprodução/Youtube/Metrópoles)


Origem dos protestos

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, o número de relatos antissemitas e islamofóbicos se proliferou nos Estados Unidos, principalmente nas universidades. Os organizadores dos protestos dizem que a manifestação é um movimento cujo intuito é defender os direitos palestinos e protestar contra a guerra.

O principal objetivo dos ativistas é fazer com que as universidades cortem qualquer tipo de relacionamento com empresas de Israel que tenham laços financeiros com a guerra. Na universidade de Columbia, os estudantes exigem, ainda, mais transparência em relação aos investimentos realizados pela instituição e o “desinvestimento” em fundos de entidades relacionadas a Israel.

As prisões

Várias pessoas, incluindo estudantes e professores, foram presas durante os protestos. Nessa quarta-feira (01), Samer Alatout, professor de sociologia comunitária e ambiental, foi preso durante um protesto realizado na Universidade de Wisconsin-Madison. Segundo o departamento de polícia da instituição, 34 pessoas foram detidas durante o protesto, mas liberadas “sem qualquer citação emitida”.

Ainda nessa quarta-feira, a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) emitiu um parecer no X (antigo Twitter), cancelando as aulas dessa quinta-feira (02), devido ao embate violento entre ativistas e policiais no campus, ocorrido na noite de terça-feira (30).


Publicação realizada pela UCLA que cancelou as aulas dessa quinta-feira (Foto: reprodução/X/@UCLA)


Na terça-feira (30), foram contabilizadas mais de 400 prisões de manifestantes. Desse número, cerca de 300 detenções foram realizadas em protestos na Universidade Columbia e no City College de Nova York.  


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Mais de 100 estudantes da Universidade de Nova York (NYU) foram presos em protestos realizados em 22 de abril (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Fatih Aktas/Anadolu)


Em 24 de abril, mais de 100 manifestantes foram detidos na Universidade do Sul da Califórnia após uma ordem de dispersão. No mesmo dia, mais de 100 pessoas também foram presas durante um protesto realizado no Emerson College, em Boston.

Na Universidade de Yale, ao menos 45 manifestantes foram detidos e acusados de invasão de propriedade em ato realizado em 22 de abril. O embate permanece e manifestações continuam sendo registradas pelos Estados Unidos.

Foto Destaque: apoiadores da Palestina na Universidade de Harvard, em outubro de 2023 (reprodução/Getty Images Embed/Joseph Prezioso /AFP)

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