Poze, que foi preso na última quinta-feira (29), investigado por apologia ao crime e por associação ao tráfico de drogas, ao ser transferido para Bangu 3, declarou para a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), ter ligação com o Comando Vermelho e passará a cumprir pena junto a integrantes da facção.
Prisão por acusações de apologia ao crime
Na manhã de quinta-feira (29), o cantor de funk Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, de 26 anos, foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em sua residência, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no âmbito de uma investigação que aponta o artista por apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, as músicas e apresentações de Poze exaltam o Comando Vermelho (CV) e o tráfico de drogas, sendo utilizadas para promover a facção criminosa.
Durante a operação, Poze foi conduzido à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, onde chegou algemado, sem camisa e descalço. No mesmo dia, passou por audiência de custódia, e a Justiça manteve sua prisão temporária por 30 dias.
Momento em que Poze é preso (Vídeo: reprodução/R7/RJ no ar)
Declaração de ligação com o CV
Após a prisão, MC Poze do Rodo foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Durante o processo de triagem realizado pela Seap, o cantor declarou ter ligação com o Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Com isso, foi encaminhado para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 3, onde estão custodiados líderes e integrantes do CV.
A Seap confirmou que a declaração de vínculo com a facção foi feita pelo próprio artista durante sua admissão no sistema prisional. Essa informação é utilizada para determinar a alocação dos detentos, visando evitar conflitos entre membros de facções rivais.
Além das acusações atuais, Poze também é investigado por envolvimento em um baile funk na Cidade de Deus, ocorrido dois dias antes da morte de um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) durante uma operação na comunidade. A presença do cantor no evento é considerada uma peça-chave na investigação sobre sua ligação com o tráfico de drogas.
Até o momento, a defesa de MC Poze do Rodo não se pronunciou sobre as acusações. O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Foto destaque: MC Poze (Reprodução/Instagram/@pozevidalouca)