O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta segunda-feira (29), no Palácio do Planalto. Maduro, que está no Brasil para a cúpula de líderes da América do Sul, chegou à sede do poder executivo acompanhado da esposa, Cilia Flores, e foi recebido por Lula e a primeira-dama, Janja.
A agenda oficial de Lula, divulgada apenas na manhã desta segunda-feira, prevê três encontros com o venezuelano, incluindo uma primeira reunião restrita entre os mandatários. Em seguida, o encontro será aberto para outros membros do governo brasileiro e da comitiva de Maduro.
Às 12h30, os dois presidentes ainda assinarão acordos bilaterais, cujo conteúdo não foi adiantado pela Presidência. Depois, os mandatários seguem para um almoço em homenagem a Maduro e a Cilia Flores no Palácio do Itamaraty.
Lula e Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Agência Brasil/Marcelo Camargo)
Esta é a primeira visita de Nicolás Maduro ao Brasil desde 2015, quando veio para participar da posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou uma portaria que impediu a entrada do político venezuelano no país. O próprio Bolsonaro, porém, revogou o decreto em 30 de dezembro de 2022.
Durante a posse de Lula, um constrangimento por parte do governo brasileiro ainda fez com que Maduro cancelasse a viagem ao Brasil e enviasse como representante o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez.
Com a retomada da relação entre os dois governos, Lula recebeu na última semana as credenciais do novo embaixador venezuelano no Brasil, indicado por Maduro. O novo nome substitui os representantes indicados por Juan Guaidó, ex-presidente interino da Venezuela, que atuaram no Brasil durante o governo Bolsonaro.
Nesta terça-feira, Maduro participará de uma cúpula com pelo menos 11 dos 13 chefes de Estado da América do Sul no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Na reunião, Lula deve propor aos demais presidentes a criação de um mecanismo de coordenação que tem como objetivo retomar um espaço de deliberação conjunta para a integração regional, independente das diferenças políticas entre os governos do continente sul-americano.
Foto Destaque: Nicolás Maduro e Lula, respectivamente. Reprodução/Agência Brasil/ Marcelo Camargo
