O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai começar a reavaliar a isenção de visto atribuída a turistas dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão para entrada no Brasil.
Lula (Foto: Reprodução/JC Online-UOL)
A gestão tem a intenção de avaliar o impacto prático, em números e cifras, da política adotada em 2019.
Se o efeito não for relevante e não houver reciprocidade de ambos os lados, Lula não descarta a possibilidade de retirar o benefício adquirido durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)
Reciprocidade é uma alternativa que deve voltar a ser um rumo para as relações nacionais com o mundo no ministério dirigido por Mauro Vieira.
Com a defesa da igualdade de direitos, o Ministério das Relações Exteriores deve começar a “revisitar” algumas politicas em vigor. Entre elas, está a facilitação de entrada de estrangeiros no país.
O Itamaraty busca entender se o fluxo de turistas cresceu desde o começo da medida, em 2019.
No período, a Covid-19 interrompeu o fluxo de pessoas entre os países, mas o movimento antes e depois da pandemia deverá dar respostas claras.
Além disso, o governo nacional vai consultar os quatro países (Australia, EUA, Canadá e Japão) sobre o que ambos pretendem realizar com relação ao tratamento fornecido aos brasileiros nesse tema.
Por se tratar de um acordo de reciprocidade e o tema ser dado como “princípio básico”, a diplomacia brasileira quer saber se os países cogitam oferecer a mesma condição de isenção de visto aos brasileiros.
Se houver planos favoráveis, o Brasil deve manter a mesma condição. Caso contrário, o beneficio pode ser retirado.
A isenção de visto aos países foi atribuída em março de 2019, ainda no governo de Jair Bolsonaro. A decisão, apoiada pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, marcou uma grande mudança na política externa brasileira.
A embaixada do Japão informou que “os órgãos relacionados do Japão estão estudando a possibilidade da introdução da isenção do visto de curta duração para portadores de passaportes comuns do Brasil”.
Estados Unidos, Canadá e Austrália ainda não responderam.
Foto destaque: Lula. Reprodução/Folha PE